País vê aumento de matrículas, mas ainda tem minoria de crianças na educação infantil, e casos de assédio sexual continuam a ser detectados, especialmente em funcionários de alto escalão em serviços públicos.
A Controladoria-Geral da União (CGU) está prestes a lançar uma força-tarefa para investigar denúncias de assédio na esfera pública federal, com foco em casos de assédio-sexual, abordando igualmente o assédio-moral, cujas consequências são igualmente prejudiciais.
A medida deve ser anunciada na quarta-feira, 4, com o objetivo de combater a cultura de silêncio em torno do assédio no ambiente de trabalho, enfatizando que o assédio é uma prática antissocial, que afeta a saúde mental dos indivíduos e pode levar a consequências legais para os responsáveis. A CGU tem um papel fundamental na promoção de uma sociedade mais justa e igualitária, ressaltando a importância de criar um ambiente de trabalho livre de assédio-sexual, assédio-moral e outros tipos de assédio.
Assédio no Setor Público
Em um esforço contínuo para reforçar a segurança e o bem-estar dos funcionários, a Controladoria-Geral da União (CGU) está aperfeiçoando suas estratégias para lidar com casos de assédio. Recentemente, foi decidido que uma força-tarefa especializada será criada para centralizar e priorizar a investigação de casos de assédio sexual envolvendo funcionários de alto escalão em ministérios e órgãos federais. Essa medida visa fortalecer a abordagem do assédio e garantir que todos os casos sejam adequadamente investigados e tratados.
A notícia do anúncio da força-tarefa é especialmente relevante, considerando o histórico de casos de assédio no setor público. Um exemplo recente foi a demissão do então ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, em setembro, após acusações de suposto assédio sexual contra mulheres, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Almeida negou qualquer irregularidade. A Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho abriram inquéritos para investigar o caso, destacando a importância de abordar essas questões com seriedade.
A CGU também dá continuidade às suas esforços para criar um ambiente de trabalho mais seguro. Em uma recente edição do Guia Lilás – um guia de combate ao assédio moral e sexual no serviço público – os servidores federais receberam orientações sobre como identificar e denunciar casos de assédio, reforçando o compromisso da instituição em proteger seus funcionários.
Um caso anterior de assédio sexual e moral, ocorrido na Caixa Econômica Federal durante o governo Bolsonaro, resultou na demissão de um ex-dirigente. Essa medida visa enviar um sinal claro de que práticas de assédio não serão toleradas e que os responsáveis enfrentarão as consequências. Além disso, o ex-dirigente foi proibido de assumir cargos de confiança por oito anos, reforçando a determinação da CGU em garantir que os funcionários sejam mantidos em um ambiente de trabalho seguro e respeitoso.
Fonte: @ Estadão
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