Angela Gandra, advogada e professora da Universidade, ocupou cargo no governo Bolsonaro, defendendo posições conservadoras, e assumiu mandato na Prefeitura de São Paulo.
Com o objetivo de ampliar a presença da cidade em eventos internacionais, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) escolheu a advogada Angela Gandra para ocupar o cargo de secretária municipal de Relações Internacionais. Ela será a responsável por promover a identidade da cidade em âmbito externo, desenvolvendo uma gestão eficaz para fortalecer as relações com outros países.
Angela Gandra assumirá o cargo no início do segundo mandato de Ricardo Nunes em janeiro. Na ocasião, ela será convidada a participar de reuniões importantes dentro da secretaria, como reuniões de trabalho com os membros da equipe e participação de reuniões com gestores municipais. Ao se tornar secretária, ela também terá a responsabilidade de cumprir com o mandato do prefeito em ações importantes, como a de fortalecer a presença da cidade em eventos internacionais e a de promover a imagem da cidade em outros países. A escolha da advogada Angela Gandra para o cargo de secretária municipal de Relações Internacionais demonstra a atenção do prefeito ao atender as necessidades do cargo, garantindo uma gestão eficaz. Nesse contexto, o prefeito tem a confiança de que ela será capaz de lidar com a responsabilidade do cargo, contribuindo para o crescimento da cidade em âmbito internacional. Com a nomeação da advogada Angela Gandra, a secretaria municipal de Relações Internacionais ganha força e novas perspectivas, trazendo uma visão renovada para o cargo de secretário.
Gestão e Cargo: Mudanças no Secretariado
Desde a última segunda-feira, 23, Nunes tem divulgado realinhamentos estratégicos, reorganizando o apoio político para abrir espaço para a entrada de bolsonaristas e membros do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, em sua gestão. A filha do jurista Ives Gandra Martins, Angela, é formada em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e também é mestre e doutora em Filosofia do Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com uma passagem pela Universidade de Harvard como pesquisadora visitante. Ao anunciar a nomeação da advogada, Nunes destacou que Angela fala sete idiomas e tem uma ‘relação muito boa com o mundo’.
Secretária e Mandato: Uma História de Conservadorismo
De 2019 a 2022, Angela Gandra foi secretária nacional da Família no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, durante a gestão de Jair Bolsonaro. Angela ganhou destaque em 2018 ao representar a União dos Juristas Católicos de São Paulo em uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.
Na ocasião, Angela comparou a descriminalização ao que chamou de ‘aborto jurídico’, chamando a atenção de Damares. A atuação de Angela na época a levou a ocupar o cargo de secretária nacional da Família, graças às suas posições conservadoras. A partir de então, Angela se tornou uma figura de destaque no governo Bolsonaro, atraiu a atenção da imprensa internacional ao visitar a Polônia, onde defendeu a proibição do aborto. A visita ocorreu em meio a protestos no país pela descriminalização da prática, após uma decisão da Corte Constitucional polonesa endurecer as restrições ao procedimento. A escolha de Angela para o cargo de secretário não passou despercebida, pois sua família tem ligação com a Opus Dei, instituição vinculada à Igreja Católica conhecida pelo forte conservadorismo.
Secretaria e Mandato: Consequências do Cargo
A nomeação de Angela Gandra como secretária nacional da Família resultou em mudanças no secretariado. Angela também é professora na Universidade Presbiteriana Mackenzie, gerente jurídica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e sócia do escritório Gandra Martins, com atuação em Direito Constitucional, Tributário e Societário. Além disso, é membro da Academia Brasileira de Filosofia e da Academia Paulista de Letras Jurídicas, que perderá uma secretaria com a nomeação de Angela.
Fonte: @ Estadão
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