Dois terços desse valor vieram do gabinete de Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, dois alvos de operação da Polícia; Sóstenes diz que tem ‘convicção da lisura e da transparência do trabalho’ dos assessores, responsáveis pela contratação e termos como contratos de prestação, cota parlamentar e lavagem de dinheiro.
Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF) divulgou dados sobre o uso de recursos públicos por deputados federais, revelando que a Harue Locação de Veículos LTDA recebeu R$ 841,9 mil de cota parlamentar entre 2015 e 2024. Este fato suscita suspeitas sobre o desvio de recursos financeiros.
É essencial investigar as possíveis motivações para esses desvios de recursos financeiros. O desvio de dinheiro público pode levar a uma fraude, e em casos graves de peculato, os envolvidos podem ter seus bens eventualmente confiscados. Além disso, a lavagem de dinheiro torna-se uma preocupação, uma vez que muitos criminosos lavam o dinheiro sujo em contas offshore para se protegerem de investigações. Em casos extremos, desvios podem se tornar desvios econômicos, tendo como consequência a destruição de empresas.
Desvio de recursos: PF desmantela fraude com lavagem de dinheiro
A Polícia Federal (PF) investiga um esquema de desvio de recursos da Câmara dos Deputados, movido por parlamentares que utilizavam notas falsas e contratos de prestação de serviços para desviar verbas da cota parlamentar. A operação, batizada de Rent a Car, apura indícios de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Os alvos da operação incluem assessores de dois deputados federais, Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, ambos do PL-RJ, que gastaram R$ 606,9 mil de verbas da cota parlamentar. O valor representa cerca de dois terços dos recursos desviados. A empresa Harue Locação de Veículos LTDA, que utiliza o nome fantasia Mobile Rent a Car, é suspeita de ter emitido notas falsas e simular contratos de prestação de serviços para desviar recursos da Câmara.
A Polícia Federal informou que os crimes investigados incluem peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As investigações apontam para um esquema envolvendo agentes públicos e empresários que teriam estabelecido um acordo ilícito para o desvio de recursos da cota parlamentar. A operação visa desmantelar a fraude e identificar os responsáveis pelo desvio de verbas públicas.
A investigação contou com mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e foram cumpridos no Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal. A Polícia Federal afirmou que os assessores de Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante foram alvos da operação, o que sugere que a lavagem de dinheiro e a organização criminosa estavam envolvidas no esquema de desvio de recursos.
Fonte: @ Estadão
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