Deputado Caveira não respondeu ofensas, abandonou sessão de segurança pública da extrema-direita.
O Governo Federal enfrentou um momento de grande tensão quando o secretário nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, abandonou uma reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Isso ocorreu após o deputado Delegado Caveira (PL-PA) fazer uma crítica veemente ao secretário.
As ofensas proferidas pelo deputado Delegado Caveira incluíam acusações diretas ao secretário nacional de Assuntos Legislativos, Marivaldo Pereira, comparando-o a um bandido. Além disso, o deputado também atacou o presidente Lula e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A dinâmica foi tensa e o ambiente ficou carregado. A saída do secretário Pereira deu destaque ao conflito entre o Governo Federal e o Congresso Nacional.
Governo Federal e Segurança Pública: Um Desafio Em Debate
O vídeo da reunião da Comissão de Segurança Pública, obtido pela Coluna do Estadão em 20 de dezembro, revela um clima tenso entre o secretário nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, e o deputado bolsonarista, Delegado Caveira. O secretário, procurado por diversas fontes, afirma que o episódio foi ‘grave’ e demonstra que ‘a extrema-direita trata segurança pública da perspectiva da violência’. Essa declaração vem após uma reunião onde a discussão sobre a validade de certificados de registros de armas de fogo gerou uma grande controvérsia.
Extrema-Direita e Segurança Pública: Uma Questão de Perspectiva
Durante a reunião, o deputado Delegado Caveira chamou Marivaldo Pereira de ‘cínico’ e ‘pau mandado’ do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a quem Caveira classificou de ‘mentiroso’. Caveira também disse que o presidente Lula ‘fecha com bandido’. O secretário nacional de Assuntos Legislativos, Marivaldo Pereira, abandonou a reunião após as ofensas.
Armazenamento de Armas e Segurança Pública: Um Debate Quente
Em um discurso anterior, Marivaldo Pereira havia irritado os bolsonaristas ao dizer que o ex-deputado Roberto Jefferson por pouco não matou uma delegada da Polícia Federal, como consequência do ‘descontrole de armas’. A Comissão de Segurança Pública se reuniu em 27 de dezembro para discutir a validade de certificados de registros de armas de fogo. O Ministério da Justiça foi representado por Marivaldo Pereira, servidor público anteriormente número dois da pasta do governo Dilma.
Reunião e Ofensas: Uma Questão de Respeito
Ao fim do discurso de Caveira, Marivaldo Pereira questionou o presidente da comissão: ‘Está liberado ofender os convidados?Foi pesado o que o delegado falou’, ao que Caveira retrucou: ‘Falei a verdade. Não falei nem a metade do que o senhor precisa ouvir’. ‘Pode falar, deputado. Aqui o senhor não me intimida’, respondeu o secretário.’Estou acostumado a mexer com bandido’, disse Caveira. Em seguida, o deputado e o secretário do Ministério da Justiça se levantaram e foram à porta da comissão, onde continuaram discutindo aos gritos.
Mexer com Bandido: Uma Questão de Experiência
Caveira, procurado por diversas fontes, não respondeu às acusações. O secretário nacional de Assuntos Legislativos, Marivaldo Pereira, afirmou que a situação demonstra que a extrema-direita trata segurança pública da perspectiva da violência. ‘É muito grave, porque o debate da segurança pública tem que focar na proteção da vida de todos os cidadãos.É por isso que a extrema-direita luta para acabar com o Estatuto do Desarmamento. Da nossa parte, seguimos sempre abertos ao diálogo’.
Fonte: @ Estadão
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