Ex-técnico detido por envolvimento em golpes em contas bancárias; caso prescrito, pena não aplicada; nega participação no crime.
Documentos do processo que tramitou na 11ª Vara Federal em Goiânia, na investigação que averiguou atividades de infratores sentenciados por desviar recursos de contas bancárias, revelam o papel desempenhado pelo postulante à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) nesse incidente. A investigação teve início em 2005, momento em que Marçal foi temporariamente detido, com apenas 18 anos de idade.
Além disso, os registros da investigação indicam que, durante o desenrolar dos acontecimentos, houve uma intensa pesquisa sobre as atividades ilícitas, resultando na condenação dos responsáveis pelo desvio de recursos. A investigação revelou detalhes surpreendentes sobre o envolvimento de Marçal no esquema fraudulento, gerando repercussões significativas em sua trajetória política.
Investigação sobre o envolvimento de Pablo Marçal (PRTB) em esquema criminoso
Em 2010, ele foi condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado (artigo 155, do Código Penal) pela Justiça Federal. Um recurso só foi analisado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em 2018. Em razão da demora para o tribunal apreciar o caso, houve prescrição punitiva – ou seja, Marçal, embora considerado culpado, não cumpriu a pena. Procurado, Marçal não se manifestou sobre o episódio. Nesta campanha, ele já afirmou na saída da gravação de um podcast na zona Sul de São Paulo que ganhava R$ 350 ‘de um cara’ apenas para consertar computadores.
Ano que vem, que é 2025, vai fazer 20 anos disso. Eu ganhava R$ 350 trabalhando para esse cara. Ele me colocava para consertar computador e pedia algumas coisas. Lá na sentença está escrito que eu não auferi lucro nenhum. E desafio. Ache alguma coisa que eu ganhei com isso que eu vou imediatamente fazer um Pix pagando. Fui processado durante 13 anos de forma injusta’, disse o candidato.
Registros da Ação que começou a investigação
De acordo com as averiguações, o influenciador trabalhava diretamente para Danilo, líder da organização criminosa, capturando e-mails. Esses endereços eletrônicos eram utilizados pelos golpistas para enviar programas maliciosos que roubavam dados das contas bancárias das vítimas.
No entanto, o ex-coach também atuava enviando e-mails que continham malware (software malicioso), sempre com supervisão de Danilo. Marçal também era responsável por fazer a manutenção dos computadores utilizados pelo grupo para aplicar os golpes. Isso porque, uma vez feita a operação, o dispositivo era infectado e precisava ser formatado.
Processo de Justiça Federal e a investigação em andamento
Depoimentos de testemunhas apontaram ainda que, o ex-coach ‘recebia’ pelas ações e, embora não tivesse comprado nenhum bem através dessas operações, Danilo disponibilizava veículos da organização criminosa para Marçal ‘passear’.
Pablo Marçal (PRTB) capturava e-mails utilizados pelos golpistas e fazia a manutenção dos computadores. A investigação apontou ainda que o grupo fazia uso de dois softwares para enviar mensagens por e-mail e infectar o computador das vítimas. A partir da lista de endereços eletrônicos capturados por Marçal, o primeiro programa enviava mensagens ‘spam’ que continham um malware. Quando o usuário digitava dados da conta bancária no computador, eles eram direcionados para o e-mail dos criminosos.
Outro software também utilizado pelo grupo permitia aos criminosos o acesso a informações sem a necessidade de obterem e-mail previamente. A organização acessava salas de bate-papo com usuários falsos que se apresentavam como mulheres e ofereciam fotos eróticas. Assim que as imagens eram baixadas, o computador era infectado e, ao acessar contas bancárias pela internet, as vítimas tinham os dados remetidos aos golpistas por e-mail. Com os dados bancários em mãos, os criminosos realizavam transferências e pagamentos fraudulentos. Os investigadores concluíram que Marçal
Fonte: @ Estadão
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