Plano de governo dos candidatos evangélicos inclui voto consciente, fé e passaporte vacinal, mas não aborda a máfia das creches.
O debate eleitoral que antecede o primeiro turno, realizado na última segunda-feira, 30, foi palco de intensas trocas de ataques entre os candidatos. O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) estiveram entre os principais alvos de críticas, enquanto o influenciador Pablo Marçal (PRTB) também foi mencionado em várias ocasiões.
No calor do debate, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) aproveitou a oportunidade para cobrar a apresentação de propostas concretas pelos adversários, destacando a importância de um encontro de ideias para o futuro da cidade. A disputa pelo voto dos eleitores foi evidente, com cada candidato tentando se destacar e convencer o público de suas propostas. A hora da verdade está próxima.
Debate Intenso em São Paulo
O encontro entre os candidatos à prefeitura de São Paulo foi marcado por um intenso debate, promovido pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal UOL. Durante a disputa, Boulos afirmou que nunca usou cocaína, mas admitiu ter provado maconha uma vez na adolescência. ‘Deu uma dor de cabeça danada’, disse o candidato do PSOL.
Nunes, por sua vez, reafirmou sua posição contrária ao passaporte vacinal, implementado pela gestão da qual fez parte. Marçal acusou o prefeito de mudar de ideia após ser pressionado por bolsonaristas, mas Nunes argumentou que é questão de ‘aprender com as situações’ e que hoje não faz sentido.
O debate também abordou a fé dos candidatos, com Marçal questionando o conhecimento de religião de Nunes e acusando o emedebista de estimar apenas a intenção de voto do eleitorado evangélico. Nunes rebateu, lembrando a condenação de Marçal por furto qualificado.
Acusações e Desmentidos
Durante o encontro, Nunes desmentiu as acusações de envolvimento com o inquérito conhecido como ‘máfia das creches’. ‘Infelizmente, sempre tem aquelas baixarias’, disse o prefeito em entrevista na saída do evento. Ele também desmentiu a acusação de ter agredido a esposa, afirmando que o incidente ocorreu há 14 anos e não envolveu violência física.
Tabata, por sua vez, afirmou que conseguiu debater as propostas de seu plano de governo, mas que ‘fica claro um desrespeito muito grande dos adversários’. Ela também foi questionada sobre a autoria de projetos aprovados na Câmara e qualificou a reportagem que traz a informação em questão como ‘panfletária’.
Críticas e Afirmativas
Boulos criticou a ‘ausência de respostas’ de Nunes e afirmou que a postura do prefeito é ‘grave’. Ele também negou ter feito uma dobradinha com Marçal contra Nunes. Tabata, por sua vez, afirmou que ‘jamais aceitaria estar ao lado de um condenado’ e que Marçal é ‘um palhaço’.
Fonte: @ Estadão
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