O boi gordo enfrenta queda nos preços, enquanto café e soja valorizam, milho se mantém estável no mercado de reposição.
As oscilações nos preços do boi gordo têm sido uma constante em todo o Brasil, com destaque para a queda nas cotações em São Paulo. De acordo com os dados da Markestrat, consultoria especializada, as cotações do boi gordo caíram 8% na primeira semana de dezembro, fechando a R$ 323,70 por arroba no mercado físico. Esse movimento de preços é significativo, especialmente considerando a inflação que tem sido um dos principais desafios para muitos produtores rurais no país.
É importante notar que a tendência de preços pode mudar rapidamente, e é fundamental que os produtores estejam atentos ao mercado. Em um prazo curto, a variação nos preços do boi gordo pode ser significativa, afetando diretamente a rentabilidade das fazendas. Além disso, a demanda por boi gordo está relacionada a vários fatores, incluindo a economia, a população urbana e a disponibilidade de carne de outros animais. Portanto, é crucial que os produtores estejam alinhados com as mudanças marcantes no mercado, como a substituição da carne bovina por alternativas e a tendência de consumo de alimentos saudáveis. Com a Markestrat, os produtores podem acessar dados precisos e análises detalhadas para tomar decisões mais informadas e alinhar seus negócios com a tendência de preços no mercado atual.
Impactos da alta no preço do bezerro no mercado agropecuário
A alta no preço do bezerro está afetando a relação de troca entre o boi gordo e o bezerro, com necessidade de 7,5 arrobas para adquirir um bezerro desmamado, contra 7,2 arrobas em novembro. Esse cenário indica aumento nos custos de reposição para pecuaristas, com expectativa de manutenção desse quadro no curto prazo. A Markestrat projeta que os preços do varejo e diminuição do consumo de carne bovina mantêm pressão de baixa sobre os preços, mas as festividades de fim de ano podem estimular aumento no consumo, proporcionando um leve alívio aos preços.
Tendência de preços na soja durante a safra 2024/25
A demanda aquecida e bom desenvolvimento das lavouras da safra 2024/25 devem sustentar os preços da soja no curto prazo. As cotações da soja apresentaram um leve avanço de 0,3% na bolsa de Chicago, encerrando a semana a US$ 9,94 por bushel, equivalente a R$ 133,54 por saca, para o contrato com vencimento em janeiro de 2025. Na B3, os preços também subiram discretamente, registrando alta de 0,2%, com negociações a US$ 21,91 por saca, equivalente a R$ 133,42.
Previsão de preços do milho durante a safra 2024/25
A demanda é apontada pela Markestrat como um fator que deve influenciar o viés de queda no preço do milho, além do bom desenvolvimento da safra 2024/25. Na última semana, a maior demanda pelo grão e a variação cambial sustentaram um quadro de valorização. Em Campinas, São Paulo, a saca foi negociada a R$ 73,20, representando uma alta de 0,7% na semana. Na B3, os contratos com vencimento em janeiro e março subiram 2,3% e 1,4%, sendo cotados a R$ 73,97 e R$ 72,92 por saca de 60 kg, respectivamente.
Tendência de preços do café durante a safra 2024/25
Não há mudanças nas perspectivas de preços futuros do café. Segundo os especialistas, a alta no mercado deve continuar nos próximos meses, sustentado pelas incertezas de oferta e demandas mundiais. Esse cenário é reforçado pelo andamento das safras nas principais regiões produtoras de café, que desempenham um papel decisivo na formação e comportamento dos preços. Na primeira semana de dezembro, os preços no mercado físico subiram 4,5%, alcançando R$ 2.115,10 por saca.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo