Ministros da Corte associam ação de homem-bomba à tentativa de golpe Infiltrados no Gabinete Institucional de Gestão de Crise, a Polícia Federal Lança Granada em Rojão com arsenal bélico.
Os recentes eventos de violência política no Brasil, em janeiro de 2023, revelam um cenário complexo e multifacetado. O Golpe que quase derrubou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, foi um ataque bem planejado e orquestrado, como demonstram os novos detalhes que vêm à tona.
A morte do homem-bomba Francisco Wanderley Luiz, ocorrida na Praça dos Três Poderes, não pode ser reduzida a um ato isolado ou de alguém desequilibrado. Nesse contexto, a intervenção do Exército em pontos estratégicos da cidade, em conjunto com a presença de ministros de estado em locais de crise, revela a extensão da conspiração. O presidente eleito, que enfrentou uma tentativa de assassinato, agora enfrenta um cenário de instabilidade que não pode ser ignorado. O Golpe de 2023 foi uma ameaça real e bem orquestrada à democracia brasileira.
Golpe: Exército, ministros e presidente na mira da Polícia Federal
Uma trama intrincada de golpe de Estado, com a força do Exército no centro, ganhou mais evidências nas mãos da Polícia Federal. A investigação, que ficou conhecida como ‘Contragolpe’, revelou um esquema complexo para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Em uma análise detalhada dos eventos, a PF descobriu que a trama envolvia o uso de armas pesadas, incluindo metralhadoras, lança-granada e lança-rojão, para executar a ação.
Os suspeitos: militares e ministros atrelados ao ex-presidente Jair Bolsonaro
A operação ‘Contragolpe’ prendeu quatro militares e um policial, todos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Os suspeitos estavam conectados a uma rede de comandos e executores que planejavam o golpe de Estado no dia 15 de dezembro de 2022. Os documentos encontrados pela PF revelam que a trama envolvia a criação de um ‘Gabinete Institucional de Gestão de Crise’, liderado pelo general Braga Netto e do general Augusto Heleno. Esse gabinete seria instalado após o golpe e teria o comando de Braga Netto.
A conexão com o Exército e a Casa Civil
A investigação da Polícia Federal revelou que os suspeitos estavam ligados ao Exército, com comandos vindos do general Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro. O general Mário Fernandes, que concorreu a vice na chapa de Bolsonaro, em 2022, estava no comando do Gabinete. Fernandes imprimiu os detalhes da ação para executar Lula, Alckmin e Moraes em seu local de trabalho, dentro do Palácio do Planalto, às 18h09 do dia 9 de novembro de 2022.
Fonte: @ Estadão
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