Apresentador de TV, dono do sorriso cativante, tentou ser candidato, mas temia ser passado para trás em um mundo sobre o qual não tinha domínio.
Silvio Santos tinha certo receio de se envolver mais profundamente na política brasileira.
Apesar de ser conhecido como um renomado apresentador e empresário, Silvio Santos preferia manter seu foco nas atividades ligadas ao entretenimento.
Silvio Santos: O Dono do Sorriso Cativante e do SBT
Embora tenha tentado vestir o figurino de candidato à Prefeitura de São Paulo em 1988 e 1992, e lançado uma campanha à Presidência em 1989, Silvio Santos sempre perguntava a interlocutores o que achavam desse projeto político. O empresário, comunicador e apresentador de TV, dono do sorriso cativante, não se considerava um especialista em política, mas os convites mexiam com sua vaidade.
Filiado ao PFL, atual União Brasil, e brevemente no PMB em 1989, Silvio tentou viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto em meio a uma disputa entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva. Em setembro de 2010, ele conversou com o então presidente Lula no Palácio do Planalto.
Mesmo com dúvidas sobre partidos e articulações políticas, Silvio Santos valorizava a audiência de seus programas no SBT. O apresentador, que vendia capas de plástico para títulos de eleitor quando era camelô, admitiu alívio após as tentativas frustradas de candidatura. Em uma reunião com Lula, Silvio propôs uma doação para o Teleton, campanha de arrecadação de fundos para pessoas com deficiência.
Após a reunião, o Ministério Público Federal mencionou que o encontro visava resolver pendências relacionadas ao banco Panamericano, pertencente ao grupo Silvio Santos. Mesmo com o interesse em resolver questões financeiras, Silvio desconversou sobre futuras candidaturas, brincando sobre a Presidência. Aos 80 anos, ele se despediu com bom humor, destacando sua vitalidade e humor jovial. O dono do Baú da Felicidade se foi, mas seu legado de sorrisos e alegria permanecem. Como dizia o refrão de seu programa dominical: ‘Do mundo não se leva nada’, então só nos resta sorrir e cantar.
Fonte: @ Estadão
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