Série com direção de Aly Muritiba estreia na HBO e na Max com 6 episódios de visual dinâmico e presença feminina forte.
Faz 22 anos que a Cidade de Deus, dirigida por Fernando Meirelles e Kátia Lund, marcou presença nas telonas, tornando-se um marco na história do cinema brasileiro. A trama envolvente e realista retrata a vida na comunidade do Rio de Janeiro, mostrando os desafios e conflitos enfrentados pelos moradores.
Agora, o personagem Buscapé está de volta na série ‘Cidade de Deus: A Luta Não Para’, que promete trazer ainda mais emoção e reflexão sobre a realidade vivida na CDD. A continuação da história promete surpreender os fãs e manter viva a essência marcante do filme original.
Cidade de Deus: Uma História de Resistência e Existência
Nunca tantas pessoas negras de comunidades tinham sido vistas na tela. O cenário visual, dinâmico e vibrante, foi amplamente imitado em todo o mundo. O longa-metragem recebeu quatro indicações ao Oscar, destacando-se pela sua autenticidade e impacto.
CDD: A Luta Não Para – A Série que Resgata a Força Feminina
Buscapé, Barbantinho, Berenice e outros personagens icônicos retornam na aguardada série Cidade de Deus: A Luta Não Para. A estreia está marcada para este domingo, 25 de agosto, às 21h, na HBO e Max, sob a direção geral de Aly Muritiba. Os seis episódios prometem uma abordagem única, com uma presença feminina mais marcante e um ponto de vista renovado.
Como estão os astros de Cidade de Deus? Confira imagens exclusivas da série que promete emocionar.
‘A nossa intenção era abordar temas como resistência e existência, em contraposição à carência’, revelou Muritiba em uma entrevista ao Estadão, durante o evento em Gramado, onde o primeiro episódio foi exibido em uma sessão especial. ‘Embora o filme tenha explorado a carência, era o reflexo da época. No entanto, na série, queremos enfatizar a vontade de permanecer e lutar.’
Cidade de Deus: A Série que Desafia Estereótipos
A série ‘Cidade de Deus: A Luta Não Para’ estreia no domingo, 25 de agosto, na HBO e Max, trazendo à tona questões importantes sobre a representação da favela. Apesar do sucesso, o filme original recebeu críticas por retratar a comunidade de forma estereotipada, focando excessivamente na violência e adotando uma estética criticada como ‘cosmética da fome’.
‘Quando assisti ao filme, percebi que aquela não era a única realidade’, comentou Alexandre Rodrigues, que interpreta o narrador e o fotógrafo Wilson. ‘O que me motivou a me envolver novamente foi a oportunidade de dar voz às pessoas da comunidade. Agora, estamos contando histórias de sonhadores e trabalhadores incansáveis.’
Edson Oliveira, que dá vida a Barbantinho, concordou com a abordagem da série. ‘O filme abordou superficialmente a história dos personagens. A série busca mostrar não apenas os conflitos, mas também o potencial e a resiliência da favela. É uma nova perspectiva, destacando o poder transformador da comunidade.’
Uma Nova Era em Cidade de Deus: A Transformação da Comunidade
A série faz um salto temporal dos anos 1980, quando a facção Falange Vermelha dominava as favelas, para os anos 2000, marcados pela intensa disputa entre organizações criminosas e milícias policiais. Buscapé deixou a Cidade de Deus e se tornou fotojornalista na zona sul, cobrindo os conflitos locais.
Barbantinho, agora um líder comunitário, permanece na favela e busca uma nova forma de representação como vereador, visando melhorias para a comunidade. Outros personagens, como Cíntia, retornam com o objetivo de promover uma mudança positiva de dentro para fora, mostrando que a favela tem muito mais a oferecer do que estereótipos negativos.
Fonte: @ Estadão
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