Prumo Logística transforma local em complexo porto-indústria, ocupando 62% da área desocupada, após decisão do Supremo Tribunal Federal, que anulou condenação da Operação Lava Jato, concedendo habeas corpus.
A defesa do senador Sérgio Moro (União-PR) apresentou um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira, 11, com o objetivo de reverter a decisão da Primeira Turma que aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abriu um processo contra ele por suspeita de caluniar o ministro Gilmar Mendes. Essa decisão, tomada por unanimidade em junho, teve um impacto significativo na carreira do ex-juiz da Operação Lava Jato.
Com essa decisão, Sérgio Moro passou a responder criminalmente por ter dado a entender que o ministro Gilmar Mendes venderia decisões judiciais. A defesa do senador e ex-juiz argumenta que a decisão da Primeira Turma foi injusta e que ele tem o direito de expressar suas opiniões. A liberdade de expressão é um direito fundamental e deve ser respeitada, segundo a defesa. Além disso, a defesa também argumenta que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) não tem fundamento e que o processo deve ser arquivado. A verdade deve ser revelada e a justiça deve ser feita, afirma a defesa de Sérgio Moro.
Denúncia contra Sérgio Moro
O caso em questão tem como base um vídeo antigo que ganhou grande repercussão nas redes sociais em abril de 2023. Na gravação, feita em uma festa junina, Sérgio Moro, ex-juiz e senador, afirma: ‘Não, isso é fiança, instituto… pra comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes.’ Embora o vídeo tenha sido gravado antes de Sérgio Moro assumir o cargo de senador, os ministros decidiram que, uma vez que a gravação foi divulgada durante o exercício do mandato, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem competência para julgar o caso.
Sérgio Moro nega ter imputado crime a Gilmar Mendes, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o senador por calúnia. O advogado Luís Felipe Cunha, que representa o senador, argumenta no recurso que não há nenhuma prova do envolvimento de Sérgio Moro na divulgação do vídeo. ‘Requer-se, respeitosamente, seja esclarecida a omissão acerca da existência de alguma prova, ainda que indiciária, na peça acusatória de que o Senador Sérgio Moro foi o responsável ou teve qualquer envolvimento na divulgação do vídeo em 14 de março de 2023 ou mesmo que teve ciência prévia dele’, afirma.
Esse argumento já havia sido apresentado pela defesa do senador na tribuna do STF, antes do julgamento que recebeu a denúncia. Na ocasião, o advogado afirmou que a expressão foi ‘infeliz’, ‘em um ambiente jocoso’, mas argumentou que não foi Sérgio Moro quem editou e espalhou o vídeo nas redes. Segundo a defesa, Sérgio Moro, ex-juiz e senador, tem um ‘imenso respeito’ por Gilmar Mendes e não o acusou de vender sentenças. A Operação Lava Jato, que foi liderada por Sérgio Moro quando ele era juiz, não está diretamente relacionada a esse caso, mas a atuação de Sérgio Moro na operação é frequentemente lembrada em discussões sobre sua conduta.
Fonte: @ Estadão
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