Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro se apresentará na Justiça em delação premiada futuramente, como parte de uma colaboração com a investigação do Exército.
O julgamento do processo que envolve o ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel da ativa do Exército Mauro Cid, está marcado para a próxima terça-feira, 19. Mauro Cid foi condenado por anulação de concurso público da Polícia Federal (PF). O juiz decide pela anulação de parte das provas e da sessão do julgamento.
Na Data: 29 de março de 2023, as partes vão se apresentar no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, para que o juiz João Pedro Gebran Neto tome uma decisão final sobre o caso. Se for anulado o processo, o juiz revogará a condenação. Nesse cenário, Mauro Cid poderá anular os efeitos da condenação. Também é possível que o juiz decida cancelar a condenação, o que não seria tão complicado.
Investigação: Anulação da delação premiada de Tenente-Coronel Mauro Cid ganha força.
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Tenente-Coronel Mauro Cid, está sob risco de ter sua delação premiada aceita pela Polícia Federal (PF) anulada, o que poderia levar a consequências administrativas no Exército. O pedido de anulação ainda precisa ser avaliado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem o relatório da investigação em mãos, prevendo entrega na próxima semana.
Cid ainda deve responder as consequências administrativas no Exército, pois a delação premiada não exclui as consequências de seus atos perante a Força. O criminalista Alberto Toron, destaca que se a PF descobrir fatos relevantes que o ex-ajudante deixou de falar, ele pode perder os benefícios da delação.
A possível anulação da delação não deve ter uma relação imediata com alguma função de Cid em razão de ser militar do Exército, conforme o advogado Marcelo Crespo. Além de perder os benefícios conquistados, ele também perderia a credibilidade.
Fonte: @ Estadão
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