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Vice-presidente regional da empresa controladora da Águas do Rio comemorou a melhoria da qualidade da água na Lagoa Rodrigo de Freitas desde o início da concessão em 2021.
O conteúdo ideológico na disputa pela eleição do Conselho Federal de Medicina (CFM), que está acontecendo nesta terça e quarta-feira, é tão intenso que até mesmo a corrida presidencial dos Estados Unidos tem influenciado as conversas.
A importância do Conselho Federal de Medicina é evidente, pois é responsável por regulamentar a prática médica no Brasil, garantindo a qualidade e ética no exercício da profissão. A participação dos médicos nessa eleição é crucial para a representatividade e transparência do órgão, que desempenha um papel fundamental na saúde da população.
Campanha ideológica no Conselho Federal de Medicina (CFM)
O pleito que definirá os novos integrantes do colegiado responsável por fiscalizar e normatizar a prática médica no Brasil pelos próximos cinco anos está gerando polêmica. Em um grupo de WhatsApp composto por médicos do litoral de São Paulo, a discussão sobre as chapas inscritas tem tomado um rumo inesperado. Em vez de avaliar o teor programático dos candidatos, os profissionais têm se concentrado na identificação partidária, chegando até a fazer comparações com figuras políticas internacionais.
Um dos participantes surpreendeu ao mencionar a possibilidade de ir armado ao plantão de trabalho caso a chapa 02 seja eleita. Outro manifestou a opinião de que a chapa vencedora deveria ser ‘de direita, armamentista e contra cubanos’, além de ser ‘republicana trumpista’. Essas declarações revelam a polarização e a forte influência da identificação partidária na escolha dos candidatos.
Uma médica presente no grupo comentou de forma irônica: ‘Make medicine great again’. Essa frase, fazendo alusão à famosa campanha de Donald Trump, reflete a atmosfera política que envolve a disputa no CFM.
A chapa 02, considerada ‘a única chapa de direita de verdade para o CFM 2024’, tem como destaque o candidato Francisco Cardoso, que aparece em fotos ao lado de figuras conhecidas como o empresário Luciano Hang, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga. Essa composição chama a atenção e evidencia a influência de diferentes setores na campanha.
Popular entre os bolsonaristas, a chapa 2 propõe uma ‘oposição firme ao programa Mais Médicos’ e se posiciona de forma contundente contra a descriminalização do aborto, classificando-a como ‘cultura da morte’ e defendendo a resolução do CFM que proíbe o feticídio. Essa postura tem gerado debates acalorados e colocado em xeque questões éticas e morais no exercício da medicina.
A normatização das práticas médicas e a representatividade no CFM estão em jogo nessa disputa eleitoral, que reflete não apenas divergências ideológicas, mas também a busca por uma atuação mais alinhada com os valores e princípios de cada grupo de profissionais da saúde. A escolha dos novos integrantes do conselho terá impacto direto na condução das políticas de saúde e na definição dos rumos da medicina no país.
Fonte: @ Estadão
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