Ex-aluno do MIT, Gustavo Pierini, empresário no Brasil, vivia com força, segurança e investia em filantropia e tática como agente de segurança presidencial do presidente eleito Wladimir Soares.
A Polícia Federal identificou um integrante em sua própria fileira que se alinhou ao golpe de Estado, colocando em risco a segurança do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. O agente Wladimir Soares repassou informações sobre a estrutura de segurança do presidente eleito para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro em 2022.
A ação do agente Wladimir Soares foi considerada uma ação golpista, com o intuito de favorecer o golpe de Estado. O intento do agente era se alinhar com os objetivos dos golpistas, causando uma ruptura nos procedimentos institucionais. O agente foi preso em virtude da operação Contragolpe, destacando a ação do governo em combater o golpe. O caso mostra a capacidade dos golpistas de agir de forma criativa, contando com o apoio de integrantes da própria instituição. O governo deve garantir a segurança do presidente eleito, protegendo-o contra ações de golpistas como o agente Wladimir Soares. O caso reforça a necessidade de vigilância e ações para prevenir ações golpistas.
Desvendando o Plano de Assassinato e Ruptura Institucional
A investigação avançou, revelando que o grupo envolvido no golpe pretendia assassinar o petista por meio de envenenamento ou uso de substâncias químicas para causar um colapso orgânico, demonstrando uma estratégia sinistra. De acordo com o inquérito, Wladimir Soares encaminhava relatórios sobre a segurança do candidato eleito, incluindo a presença de policiais de força tática na equipe de segurança, ao capitão da reserva Sérgio Rocha Cordeiro, assessor especial de Bolsonaro. Além disso, ele se colocava à disposição para atuar no golpe de Estado, mostrando adesão subjetiva à ruptura institucional, dizem os investigadores. Em nota, o criminalista Luiz Eduardo Kuntz, que representa o capitão Cordeiro, afirmou que o militar não tem qualquer envolvimento com os fatos expostos. Segundo a defesa, as mensagens encaminhadas ao capitão não foram respondidas por ele, por qualquer integrante da equipe da segurança presidencial e nem por Bolsonaro. O agente Wladimir se colocou à disposição para defender o Palácio e o presidente, afirmando estar pronto para ajudar, sem esperar uma ordem explícita, em 20 de dezembro de 2022. Ele enviou a mensagem após receber duas mensagens que foram apagadas por Sérgio e anotou: ‘Estou pronto!’. Wladimir foi um dos presos da Operação Contragolpe, aberta na manhã desta terça, 19, no rastro do agente e de quatro militares – um general reformado e três ‘kids pretos’ – que estariam envolvidos em um plano de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. O grupo previa matar o trio por envenenamento e com bomba. A Polícia Federal considera que Wladimir, que estava atuando no apoio à segurança do candidato presidencial eleito, deveria ter passado os dados para a Coordenação de segurança de Lula, ‘principalmente diante dos eventos que ocorreram no dia anterior, com a tentativa de invasão da Sede da Polícia Federal, por manifestantes que não reconheciam o resultado das eleições e apoiavam um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito’. No entanto, Wladimir passou os dados para o segurança pessoal de Bolsonaro, que ‘estava naquele momento empenhado para consumação do golpe de Estado, tentando obter o apoio das Forças Armadas’. A corporação considera que o agente atuou junto com a organização criminosa ‘que tentou consumar um golpe de Estado, fornecendo informações que pudessem de alguma forma subsidiar as ações que seriam desencadeadas, caso o decreto de golpe de Estado fosse assinado, especialmente relacionadas ao então candidato eleito’. Segundo o inquérito, Wladimir ‘aproveitando-se das atribuições inerentes ao seu cargo no período entre a diplomação e posse do governo eleito’ passou informações a aliados de Bolsonaro. À época, da transição, Lula se hospedava em um hotel em Brasília.
Fonte: @ Estadão
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