Resultados da avaliação TIMSS confirmam necessidade de melhorar níveis de aprendizagem em rede, especialmente em produtos geral e áreas como ciências e matemática, que refletem desempenho de Forças Armadas.
A conexão entre a família dos indiciados e o exército é um aspecto intrigante a ser explorado em futuros procedimentos. Em muitos casos, o vínculo com as Forças Armadas é uma linhagem com raízes profundas, onde a família é a base de apoiadores e aliados naturais, fortalecendo os laços internos com um sentido de sangue.
É notável que alguns dos militares sob suspeita de envolvimento no golpe de Estado atuais tenham antepassados que ocuparam cargos de comando durante a ditadura militar. Esse vínculo de parentesco e laços familiares com indivíduos que foram figureiras da ditadura, reforça a ideia de que as famílias envolvidas têm uma forte ligação com as Forças Armadas, levando a linhagens que se estendem por várias gerações.
Conexões familiares entre militares
O levantamento realizado pela Universidade Federal do Paraná, em parceria com o Estadão, revela uma relação estreita entre a ‘família militar‘ e as Forças Armadas. Esse vínculo de parentesco, reforçado por casamentos e laços sociais, perpetua uma ‘bolha’ social e política que sustenta a hegemonia de determinadas ‘famílias’ dentro da casta militar. Essas redes genealógicas e familiares se refletem na trajetória de militares de alta patente, incluindo Walter Braga Netto, Mário Fernandes, Augusto Heleno e Mauro Cid.
Transmissão de valores e poder
A transmissão de valores e poder dentro das famílias militares é um fenômeno natural nas trajetórias militares. No entanto, essa relação mostra como as ‘famílias’ militares reforçam um ideário intervencionista que é um legado da ditadura militar. O então presidente da República Jair Bolsonaro, por exemplo, foi condecorado com a Ordem do Mérito Militar Grão Mestre pelo comandante do Exército, Edson Leal Pujol, em 2021, no contexto de uma atmosfera política que valoriza a intervenção dos militares na política.
Forças Armadas e ‘família militar’
Segundo o pesquisador Ricardo Costa de Oliveira, a conexão entre as Forças Armadas e a ‘família militar’ é essencial para entender como essas redes genealógicas e sociais perpetuam uma ‘bolha’ que sustenta a hegemonia da ‘família militar’. Esse fenômeno é reforçado por casamentos e laços sociais entre os militares, o que é um fator importante na perpetuação da ditadura militar.
Exemplos de militares com vínculos familiares
Entre os exemplos de militares com vínculos familiares está o de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e tenente-coronel afastado do Exército, considerado peça central na trama golpista. Cid é filho do General Mauro César Lourena Cid e neto do coronel Antônio Carlos Cid, que, durante a ditadura militar, atuou na Casa Militar. Outro exemplo é o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, acusado de ser um dos articuladores do plano denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’.
Conexão com a ditadura militar
A conexão entre os militares e a ditadura militar é evidente ao se analisar a trajetória de alguns deles. Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, é genro do general de Exército Armando de Moraes Ancora Filho, que atuou durante a ditadura militar. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro e general da reserva do Exército, é filho do Coronel Ari de Oliveira Pereira e neto do Almirante Augusto Heleno Pereira, ex-comandante da Escola Naval.
Acusações e consequências
Ao todo, 24 militares foram indiciados pela Polícia Federal, e quatro permanecem presos preventivamente. A acusação de incitar outros militares a aderirem ao plano golpista reforça a ideia de que as ‘famílias’ militares têm uma influência significativa nas Forças Armadas.
Legado da ditadura militar
O legado da ditadura militar é evidente na forma como as ‘famílias’ militares reforçam um ideário intervencionista. A relação entre as Forças Armadas e a ‘família militar’ é um fator importante na perpetuação da ditadura militar e na manutenção do poder militar na política.
Conclusão
O levantamento realizado pela Universidade Federal do Paraná revela uma relação estreita entre a ‘família militar’ e as Forças Armadas. Essa conexão de parentesco e laços sociais perpetua uma ‘bolha’ social e política que sustenta a hegemonia da ‘família militar’. O legado da ditadura militar é evidente na forma como as ‘famílias’ militares reforçam um ideário intervencionista.
Fonte: @ Estadão
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