Jerome Powell afirmou que é hora de ajustar a política monetária dos EUA; impulso às Bolsas e renovou mínimas sequenciais do dólar.
O presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), José da Silva, foi enfático no início do seu pronunciamento em Brasília, nesta segunda-feira, 26, ao declarar que ‘é crucial ajustar a política econômica’ do Brasil.
Em sua fala, o presidente ressaltou a importância de um líder forte para conduzir o país em tempos desafiadores, destacando que ‘a figura do líder é fundamental para garantir a estabilidade econômica’.
Presidente do Fed impulsiona mercado com discurso sobre política monetária
Uma instantânea onda de busca por risco foi desencadeada após a fala do presidente do Federal Reserve (Fed), que derrubou o dólar e os juros dos Treasuries, enquanto deu impulso às Bolsas de Valores. No Brasil, os ativos acompanharam essa tendência externa, com a Bolsa atingindo máximas e o dólar registrando mínimas consecutivas, juntamente com a curva de juros.
O dólar renovou mínimas sequenciais, chegando a R$ 5,5156 (-1,34%) no mercado à vista logo após o pronunciamento do presidente do Fed. Em seguida, às 11h50, o dólar à vista apresentava uma queda de 1,42%, cotado a R$ 5,5096. Paralelamente, o Ibovespa estava em alta de 0,80%, atingindo os 136.258,02 pontos às 11h46, com um pico de 136.346,50 pontos.
Dos 85 papéis negociados, apenas oito estavam em baixa. O Ibovespa registrou um aumento e o dólar uma queda após a declaração do presidente do Banco Central americano. As bolsas em Nova York também tiveram ganhos significativos, subindo cerca de 1%, enquanto os investidores se ajustavam à sinalização de que era hora de ajustar a política monetária.
Às 11h33 (horário de Brasília), o Dow Jones estava em alta de 0,95%, o S&P 500 registrava um ganho de 1,11% e o Nasdaq avançava 1,58%. O índice VIX, que mede a volatilidade em Wall Street, caiu 7,29%, chegando a 16,27 pontos.
O presidente do Fed mencionou que há motivos para acreditar que a inflação voltará à meta de 2%, em um cenário de mercado de trabalho robusto, e que os juros atuais permitem ao Fed responder a qualquer risco. Ele reforçou o compromisso do Fed em apoiar o mercado de trabalho.
Quanto aos próximos cortes de juros, Powell adotou uma postura cautelosa, afirmando que isso dependeria dos novos dados econômicos e do balanço de riscos. O mercado já estava alinhado com esse discurso, refletindo as declarações anteriores do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic.
Bostic indicou que o banco central dos EUA estava quase pronto para reduzir os juros e destacou a necessidade de mudanças na política monetária antes de atingir a meta de inflação de 2% ao ano. Além disso, Mario Centeno, do BCE, afirmou que a decisão de juros em setembro seria simples, com base em dados importantes, e que a opção seria por reduzir as taxas se os indicadores se mantivessem conforme o esperado.
Centeno expressou preocupação com o fraco crescimento econômico na zona do euro e defendeu a implementação de medidas para impulsionar a economia local. Enquanto isso, as vendas de moradias novas nos EUA aumentaram 10,6% em julho em relação a junho, atingindo um ritmo anual de 739 mil unidades, superando as expectativas dos analistas. Na comparação anual, as vendas tiveram uma expansão de 5,6% em julho.
Fonte: @ Estadão
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