Especialistas consideram prematuro falar em ‘marçalismo’ no Brasil, com candidato do PRTB, bolsonarismo, campanha, reeleição, ex-presidente Jair Bolsonaro e especialistas.
O postulante do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, ganha terreno no cenário político ao criticar as políticas do governo de Jair Bolsonaro e desestabilizar a corrida pela reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Em meio à polarização política, a postura de Bolsonaro é alvo de críticas por parte de Pablo Marçal, que busca conquistar eleitores descontentes com a gestão atual. A presença do nome de Jair Bolsonaro na disputa eleitoral de São Paulo evidencia a influência do presidente nas eleições municipais.
Jair Bolsonaro: A Figura Central da Campanha de Reeleição
Entretanto, até o momento, não se pode considerar uma ameaça direta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, na visão de especialistas. A recente troca de farpas entre eles apenas reforça essa ideia. Segundo o cientista político Leandro Gabiati, diretor da Dominium Consultoria Política & Governamental, é notável que Marçal busca manter-se alinhado e associado a Bolsonaro, e não o contrário. Gabiati destaca que Marçal demonstra dependência em relação a Bolsonaro, especialmente ao solicitar recursos de forma retórica e enfatizar a importância de manter a união.
O PRTB e a Perspectiva de Reeleição de Jair Bolsonaro
Embora os perfis de Bolsonaro e Marçal sejam semelhantes e atraiam eleitores da extrema direita, existem fatores que mantêm o ex-presidente como a principal liderança desse segmento. Com experiência em mandatos parlamentares e presidenciais, filiação a um dos maiores partidos do país, o PL, e participação ativa na formação de alianças políticas, Bolsonaro se destaca. Para Gabiati, Marçal não possui o perfil, histórico ou estrutura para ameaçar a figura de Bolsonaro e seu legado.
A Ascensão do ‘Marçalismo’ e o Futuro da Extrema Direita
O cientista político e professor Paulo Niccoli Ramirez aponta que, apesar de Marçal estar em um partido de menor expressão, o PRTB, isso lhe permite adotar discursos mais radicais, porém dificulta alianças políticas. Ramirez sugere que Marçal possa estar mais interessado em ganhar seguidores nas redes sociais do que em vencer as eleições. A ausência de apoio direto de Bolsonaro enfraquece Marçal, que é considerado um outsider político sem grande relevância.
O Surgimento do ‘Marçalismo’ e a Incerteza Eleitoral
Rodrigo Prando, cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, alerta para a possibilidade de um ‘marçalismo’ emergir, embora seja prematuro afirmar sua consolidação. Com a inelegibilidade de Bolsonaro, surgem especulações sobre seu sucessor político. Nomes como Michelle Bolsonaro e os governadores Tarcísio de Freitas e Romeu são cogitados para as eleições de 2026. A incerteza política atual lança expectativas sobre o futuro da extrema direita no Brasil.
Fonte: @ Estadão
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