Investigação identifica 35 militares, incluindo generais, coronéis e um almirante, em rede de escalão do alto Comando do Exército Brasileiro, supostamente empenhados em plano que previa envenenamento de Lula e explosão do ministro Moraes.
Com a Operação Contragolpe, a Polícia Federal revelou uma rede extensa de golpistas que planejavam a morte do presidente Lula e outros líderes políticos. Infelizmente, em 2018, um golpista foi acusado de tentar assassinar o então presidente.
É importante destacar que a ação da Polícia Federal foi uma resposta à ruptura democrática planejada por esses indivíduos. A trama envolvia oficiais graduados das Forças Armadas, que se reuniam para discutir a antidemocrática ação de derrubar o governo. A democracia não pode ser subestimada, e a ação da Polícia Federal foi essencial para proteger os líderes democráticos e garantir a estabilidade do país.
Desvendando a Rede Golpista
A investigação da Polícia Federal descobriu mensagens, reuniões, documentos e áudios que citam pelo menos 35 militares, incluindo dez generais e 16 coronéis do Exército Brasileiro, além de um almirante, sobre a suposta trama antidemocrática gestada no governo Jair Bolsonaro. A Força não se manifestou oficialmente sobre o caso, afirmando que não se manifesta sobre processos em curso conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército com as demais instituições da República.
O Exército, sob o comando do Suposto Golpista, Mário Fernandes, ex-secretário-executivo do governo Bolsonaro, foi o alvo principal da operação. A partir de seu celular, a Polícia Federal encontrou conversas em que ele e colegas de farda reclamavam sobre o Alto Comando do Exército, dizendo que ‘tinha que acabar’ e pregando: ‘Quatro linhas da Constituição é o c…’. Esses diálogos são efusivos e mostram a insatisfação de alguns militares com o fato de a cúpula do Exército não ter embarcado no suposto plano para manter o governo Bolsonaro após uma derrota nas urnas.
A PF encontrou documentos cruciais para a investigação, incluindo o plano ‘punhal verde amarelo’, que previa o envenenamento de Lula e o assassinato de Moraes a bomba, e uma minuta de gabinete de crise que ‘pacificaria’ o País após a ruptura, sob a chefia de aliados de primeira hora de Bolsonaro: os generais Augusto Heleno e Walter Braga Neto. Além disso, foram localizados: com o major Rafael de Oliveira, arquivo e mensagens relativas à operação ‘Copa 2022′, que tratava da prisão/execução de Moraes, chegou a ser efetivamente aberta, mas acabou abortada de última hora; e com o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, a chamada planilha do golpe, com mais 200 linhas descrevendo o passo a passo para a ruptura democrática.
Os nomes dos militares envolvidos direta ou indiretamente na trama golpista são dispostos ao longo da representação da PF dentro de três vertentes principais: os que dialogavam abertamente sobre o golpe, inclusive reclamando da demora do mesmo; os elencados como integrantes do hipotético Gabinete Institucional de Gestão da Crise que seria criado após a ruptura; e os integrantes do Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência.
A Rede do Alto Escalão
As mensagens efusivas de Mário a colegas de farda ganharam amplo destaque na representação da Operação Contragolpe em razão da efusividade dos diálogos. Uma das conversas foi com o coronel Roberto Criscuoli, que, após o segundo turno, escreveu: ‘Mario, eu tava até conversando agora com o pessoal aqui, cara.Se nós não tomarmos a rédea agora, depois eu acho que vai ser pior. Na verdade, o que está em jogo aqui é a sobrevivência do país.’
Esses diálogos mostram a insatisfação de alguns militares com o fato de a cúpula do Exército não ter embarcado no suposto plano para manter o governo Bolsonaro após uma derrota nas urnas. A PF encontrou documentos cruciais para a investigação, incluindo o plano ‘punhal verde amarelo’, que previa o envenenamento de Lula e o assassinato de Moraes a bomba.
A Trama Ruptura Democrática
A representação da Operação Contragolpe destaca a importância da investigação e a necessidade de esclarecer as acusações de trama antidemocrática. A PF encontrou planos e documentos que detalham o passo a passo para a ruptura democrática, incluindo a criação de um Gabinete Institucional de Gestão da Crise e o uso de operações policiais para manter o controle do poder.
A investigação também mostra que a rede de golpistas incluía militares de alta patente, que trabalharam em conjunto para implementar o plano e manter o governo Bolsonaro no poder, mesmo após uma derrota nas urnas. A Operação Contragolpe é um passo importante na luta pela democracia e pela justiça no Brasil.
Fonte: @ Estadão
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