Comparar-se nas mídias sociais pode sabotar a autoestima, produtividade e carreira, minando a felicidade, um hábito mental traiçoeiro no Século XXI.
Refletindo sobre a sociedade atual, é impossível não lembrar das palavras do renomado escritor Fiódor Dostoiévski em seu livro “O Adolescente”. A mediocridade e a insensibilidade parecem ser a marca registrada da nossa época, onde as pessoas se perdem nas mídias sociais, buscando uma sensação de conexão e pertencimento. A paixão pela preguiça e a incapacidade de agir são sintomas de uma geração que se sente cada vez mais desconectada da realidade.
No entanto, é importante notar que as redes sociais e plataformas online podem ser ferramentas poderosas para promover a mudança e a conscientização. Ao invés de se render à mediocridade, podemos usar essas ferramentas para compartilhar ideias, inspirar ações e criar uma comunidade que valorize a empatia e a ação. É hora de despertar da letargia e começar a agir, usando as mídias sociais como um meio para promover a mudança positiva e construir um futuro melhor para todos.
Reflexões sobre as Mídias Sociais
Ninguém parece capaz de suportar uma ideia profunda em um mundo onde as plataformas digitais e as mídias sociais dominam a nossa vida. O livro ‘Ninguém faz uma reflexão’ foi publicado em 1875, no Século XIX, e, apesar de terem se passado mais de duzentos anos, o sentimento é de que a situação não mudou muito, ou até piorou, com a disseminação das mídias sociais.
O título me lembra do filme ‘Forrest Gump’, dirigido por Robert Zemeckis e estrelado por Tom Hanks, que foi lançado em 1994. Nele, podemos acompanhar a vida do personagem Forrest e passar por momentos marcantes da história dos EUA no fim do século XX, como a guerra do Vietnam e o caso Watergate.
Uma cena icônica do filme me inspirou a refletir sobre as mídias sociais. Forrest corre durante três anos e atrai a atenção da imprensa, que o lança em horário nobre do jornalismo. Milhares de pessoas começam a segui-lo, sem saber quem ele é, qual sua origem ou sua história, ou mesmo por que ele está correndo. Quando ele para de correr, as pessoas param atrás dele e se dispersam, decepcionadas. Repórteres o entrevistam e perguntam sobre o motivo de sua corrida, supondo que seja por uma causa nobre. No entanto, Forrest responde de forma simples que não havia uma razão especial, apenas a vontade de correr.
O Poder das Mídias Sociais
As mídias sociais e as plataformas digitais trouxeram muitas vantagens, mas também podem ser usadas de forma nociva. Vivemos em um mundo onde as mídias sociais são usadas por muitas pessoas para vender produtos e ideias, desde os mais simples até os mais complexos. Os influencers surgem todos os dias, vendendo seus produtos e ideias para milhões de seguidores.
Mas, assim como na agricultura, onde brotam plantas e árvores que beneficiam o entorno, também brotam ervas daninhas que prejudicam o desenvolvimento das plantas sadias. As mídias sociais não são diferentes. É necessário separar o joio do trigo, como diz a Bíblia, para que possamos aproveitar os benefícios das mídias sociais sem sermos prejudicados pelas ervas daninhas.
O uso nocivo e até criminosa das mídias sociais é um problema sério que precisa ser abordado. As redes sociais e as plataformas online precisam ser usadas de forma responsável, para que possamos aproveitar seus benefícios sem sermos prejudicados por suas desvantagens. É hora de refletir sobre o papel das mídias sociais em nossa vida e como podemos usá-las de forma mais positiva.
Fonte: @ Estadão
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