Frente ao golpismo, a delinquência política e ideias quase suicidas, a história mostrará que quem se horroriza com ambos entende os desatinos do Brasil, marcados por valores teocráticos, modos maus e falta de qualidade.
Em um país onde o evidente golpismo e delinquência de Jair Bolsonaro e as ideias quase suicidas do Partido dos Trabalhadores em conduzir a economia brasileira se mantêm como destaque, surge a necessidade de entender a figura do isentão e o papel dela em momentos de crise. O isentão, ou isentona, representa a parcela da população que se distancia de ambos os lados, refugiando-se em uma postura de horrorizado silêncio enquanto a nação se debate em um mar de desatinos.
Ao longo da história do Brasil, o isentão se apresenta como um personagem fascinante, que escolhe o caminho da menor dor, mesmo quando ella é a pior. Esse tipo de pessoa, muitas vezes, se exime de tomar partido, seja por medo, falta de ideias claras ou, simplesmente, por não ter que lidar com a consequência de um lado ou do outro. Assim, o isentão se mantém alheio, observando os desatinos da política e da economia brasileira, enquanto a nação se debate em um ciclo de crise e instabilidade.
Desafios de um País em Luta
O Brasil tem sido um palco de intensas lutas políticas, onde os espectros mais radicais da polarização dominam o cenário. Nesse contexto, o isentão é frequentemente visto como um covarde, que prefere não se comprometer e permite que o lado do inaceitável prevaleça. No entanto, a verdade é que o isentão tem uma compreensão profunda do dano que duas forças políticas antagônicas podem causar ao país, se deixadas sem controle.
A Polarização Política
A polarização política no Brasil é um fenômeno complexo, onde as forças políticas se enfrentam em um jogo de poder. O golpismo e a delinquência são comuns em ambos os lados, mas é preciso destacar a forma como o bolsonarismo se manifesta. Um bando de pessoas com maus modos e sem apreço pela democracia, que sonham com uma intervenção militar e tentam minar a qualidade dos brasileiros, através da abertura às vacinas e aos progressos da ciência. Eles falam em liberdade, mas o que querem é um país com valores teocráticos.
Os Limites do PT
Já o Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta seus próprios desafios. A aliança com as instituições é circunstancial e, no passado, o PT não teve pruridos em atacar o Judiciário, a imprensa e as elites quando houve o escândalo da Lava Jato. A resistência ao conceito de economia ajustada é enorme dentro do PT, com a estridente liderança da atual presidente, Gleisi Hoffmann, não se preocupando tanto com déficits públicos ou aumento da dívida.
Consequências da Economia Ideal
A economia ideal sonhada pelos petistas já foi vivida pelo Brasil. Durante o governo de Dilma Rousseff, a economia foi controlada pelo Estado, levando à corrupção dos grandes contratos públicos, aumento cavalar da dívida e leniência com os controles inflacionários. O resultado foi a explosão da inflação, do desemprego, das taxas de pobreza e escândalos morais, levando ao impeachment e à eleição de Bolsonaro.
O Voto do Isentão
O isentão votou em Bolsonaro em 2018? Talvez sim, de alguns deles, mesmo com o nariz tapado, até porque do outro lado só se via o caos. Mas o isentão também ficou apavorado com Bolsonaro.
Fonte: @ Estadão
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