Documento com contribuição do cirurgião Rodrigo Perez, 1ª vez médicos latino-americanos colaboram em orientações sobre tratamento de câncer.
Pela primeira vez, as orientações da Associação Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês) para o tratamento de câncer retal avançado contam com a participação de especialistas latino-americanos – e eles são do Brasil.
Os médicos brasileiros estão trazendo sua expertise no tratamento de tumores retais para as diretrizes da Asco, visando melhorar o manejo da neoplasia colorretal em nível internacional.
Novas recomendações para o tratamento do câncer retal
Os cirurgiões Angelita Gama e Rodrigo de Oliva Perez foram fundamentais na atualização das recomendações da entidade em relação ao câncer retal. O método ‘Wait and Watch’, introduzido por Angelita na década de 1990, agora faz parte das diretrizes, um marco significativo para a área. Perez destacou a importância desse reconhecimento e como a participação deles foi crucial para as mudanças nas orientações.
O processo de atualização das diretrizes
O processo de revisão das recomendações durou mais de um ano e envolveu reuniões virtuais e uma análise minuciosa da literatura científica. Com um painel de 18 especialistas, a maioria dos Estados Unidos, o resultado desse trabalho foi publicado no Journal of Clinical Oncology em agosto. Perez ressaltou o orgulho e a responsabilidade de contribuir para um documento tão influente na área de oncologia em escala global.
O impacto das novas diretrizes
Angelita Gama, renomada especialista em cirurgia do intestino, foi a mente por trás do método ‘Wait and Watch’, uma abordagem inovadora que desafia o tratamento convencional do câncer retal. A inclusão desse método nas diretrizes representa uma mudança significativa na forma como a doença é abordada, oferecendo uma alternativa viável e razoável para muitos pacientes.
Individualização do tratamento e ressonância magnética
Uma das atualizações importantes nas recomendações é a ênfase na individualização do tratamento com base na avaliação inicial por ressonância magnética específica para o câncer retal. Esse exame fornece detalhes cruciais sobre o tumor, permitindo que os médicos escolham o tratamento mais adequado para cada paciente. Essa abordagem personalizada é essencial para garantir a eficácia do tratamento e melhorar os resultados a longo prazo.
Fonte: @ Estadão
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