Plano de abolição do uso de celular em escolas, decretado, segue para o Senado com tentativa de golpe de Estado.
Na noite de segunda-feira, dia 7 de novembro, a Polícia Federal (PF) apresentou a primeira denúncia contra os militares, e agora mais três novos nomes foram incluídos entre os indiciados.
As investigações apontam que militares das Forças Armadas estariam por trás de uma tentativa de golpe de Estado que visa perturbar o processo eleitoral. De acordo com a PF, o objetivo seria que a candidata eleita, Lula, não fosse empossada no dia 1º de janeiro de 2023. A tentativa de golpe é vista como um ato de ilegalidade e não pode ser tolerado na democracia.
Desvendando a Intrincada Teia de Golpes e Tentativas de Abolição Violenta
Foram indiciados três militares – o tenente Aparecido Andrade Portella, o coronel reformado Reginaldo Vieira de Abreu e o tenente-coronel da ativa Rodrigo Bezerra de Azevedo – pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa. O documento apresentado pela Polícia Federal (PF) desvenda uma intrincada teia de conspirações, com detalhes chocantes sobre a tentativa de destruição do processo democrático no Brasil.
O inquérito em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) já havia indiciado anteriormente o ex-presidente Jair Bolsonaro e 36 aliados pelos mesmos crimes. Agora, resta à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresentará a denúncia e ao STF se aceitará a denúncia, tornando os indiciados réus, ou se arquivará o pedido.
Um Caminho Sinuoso de Intrigas e Golpes
Aparecido Andrade Portella, militar da reserva e primeiro suplente da senadora Tereza Cristina (MS), é apontado pela PF como intermediário entre o governo Bolsonaro e financiadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro no Mato Grosso do Sul. De acordo com as investigações, Portella esteve diversas vezes no Palácio da Alvorada no final de 2022, onde encontrou com o então presidente Jair Bolsonaro pelo menos 13 vezes em dezembro.
O Código Segredo do Codinome
O PF identificou que Portella usava o codinome ‘churrasco’ para se referir ao golpe de Estado em conversas via WhatsApp com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Nas mensagens, ele repassava informações sobre financiadores dos atos, utilizando o termo ‘colaboração da carne’, e cobrava de Cid a concretização da ruptura institucional por parte de Bolsonaro.
O Plano Punhal Verde e Amarelo
Reginaldo de Abreu, chefe de gabinete do general Mário Fernandes, secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência no governo Bolsonaro, é apontado pela Polícia Federal como responsável pelo plano Punhal Verde e Amarelo, que previa o assassinato de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB). De acordo com o indiciamento desta quarta-feira, 11, Reginaldo Abreu ajudou Fernandes a disseminar informações falsas sobre as urnas eletrônicas e chegou a levar um hacker até a superintendência da Polícia Federal em Brasília em novembro de 2022 para prestar depoimento com objetivo de abrir uma investigação sobre as urnas.
A Tentativa de Manipulação das Forças Armadas
O coronel também tentou manipular o relatório das Forças Armadas sobre as eleições de 2022 para alinhar seu conteúdo aos dados falsos sobre o sistema de votação divulgados pelo argentino Fernando Cerimedo.
Fonte: @ Estadão
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