Anatel retira sites de bets ilegais do ar; empresas devolvem dinheiro após derrubada de domínios, um gesto de protesto contra o sistema político.
A mudança no cenário político é um desafio constante para os candidatos, e Guilherme Boulos (PSOL) não é exceção. Ele tem buscado atrair o eleitorado de Pablo Marçal (PRTB), que conquistou 1,7 milhão de votos nas eleições, e está apostando em diversas frentes para alcançar esse objetivo.
A estratégia de Boulos inclui uma transformação em sua abordagem política, buscando se aproximar dos eleitores que anteriormente apoiaram Marçal. Além disso, ele também está investindo em uma renovação de sua imagem pública, com o objetivo de se apresentar como uma opção viável e atraente para os eleitores. A mudança é um processo contínuo, e Boulos está determinado a fazer tudo o que for necessário para conquistar o apoio do eleitorado. A inovação é a chave para o sucesso nesse cenário político em constante evolução.
Uma Nova Estratégia de Mudança
Nos primeiros dias do segundo turno para a Prefeitura de São Paulo, Boulos prometeu incorporar propostas que dialoguem com o segmento insatisfeito, além de adotar um tom mais enérgico, alinhado ao discurso de ‘mudança’ — uma estratégia baseada na percepção de que parte dos votos direcionados ao ex-coach foram um gesto de protesto contra o sistema político tradicional. Essa abordagem visa atrair os eleitores que buscam uma transformação na política e uma renovação no poder.
Rejeitado por 92% dos eleitores de Marçal, segundo o último Datafolha, Boulos tem se colocado como o ‘candidato da mudança’, em oposição ao ‘mais do mesmo’, representado, em sua visão, por seu adversário no segundo turno, Ricardo Nunes (MDB) — apoiado, por sua vez, por 84% dos que votaram no ex-coach, de acordo com o mesmo levantamento. Essa estratégia de mudança visa conquistar parte dos votos que, até o momento, estão majoritariamente com o emedebista.
Um Chamado à Ação
‘O que está em jogo nesse segundo turno é o seguinte: só há dois caminhos. Quem quer que a cidade permaneça como está? Quem quer o mesmo grupo político no poder? Está com o meu adversário. Quem quer mudança? Se você sabe que precisamos de mudança, está com a gente’, afirmou Boulos em uma agenda de campanha na última sexta-feira, 11, no bairro da Brasilândia, Zona Norte da capital paulista. Essa mensagem de mudança visa inspirar os eleitores a buscar uma transformação na política e uma renovação no poder.
A campanha de Boulos apurou que a adesão a Marçal foi motivada mais por um voto de protesto de eleitores descontentes com a política tradicional, representada por figuras como Nunes, do que por razões ideológicas. Assim, a estratégia do psolista passa por atrair esse segmento insatisfeito, reforçando sua imagem como uma alternativa de mudança e buscando conquistar parte dos votos que, até o momento, estão majoritariamente com o emedebista.
Um Tom Mais Enérgico
Simultaneamente, Boulos tem adotado um tom mais enérgico, intensificando suas falas tanto em atos de campanha quanto em entrevistas. No pronunciamento logo após o resultado da votação no domingo, 6, ele já sinalizou a mudança de postura ao afirmar que Nunes ‘tem histórico de relação com o crime organizado, com tráfico de drogas, e botou o crime organizado no comando da Prefeitura de São Paulo.’ Essa abordagem visa mostrar que Boulos é um candidato que não tem medo de falar a verdade e de lutar pela mudança.
Durante o evento de campanha ‘Plenária Arrancada da Vitória’, realizado na quarta-feira, 9, Boulos criticou a gestão de Nunes em diversas ocasiões, chamando-o de ‘pau-mandado do Centrão’, em referência aos partidos que compõem a coligação do emedebista. Poucas horas antes, na sabatina realizada pelo O Globo, o candidato do PSOL acusou seu adversário de fazer uso de ‘caixa dois’, prática ilegal de financiamento de campanha. Essas críticas visam mostrar que Boulos é um candidato que está comprometido com a transparência e a honestidade.
Fonte: @ Estadão
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