Ministro do STF pede à Polícia Federal prestação de contas sobre andamento de inquérito que investiga governador do DF e ex-ministro.
As autoridades estão empenhadas em realizar uma minuciosa averiguação dos eventos ocorridos, visando garantir a segurança e a estabilidade do país. A investigação seguirá em curso até que sejam encontradas respostas concretas para esses atos de violência.
Investigação sobre os atos golpistas: Pedido de relatório para Polícia Federal
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou à Polícia Federal um relatório detalhado sobre o andamento do inquérito que investiga o papel de autoridades nos atos golpistas ocorridos em 8 de Janeiro. De acordo com a determinação do ministro, caso as apurações ainda não tenham sido finalizadas, a PF deve justificar a necessidade de prorrogar o inquérito. A requisição de informações à Polícia Federal foi feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Na semana passada, o procurador-geral Paulo Gonet solicitou um relatório parcial do caso.
A intimação da Polícia Federal visa obter esclarecimentos sobre o progresso da investigação criminal e a apresentação do respectivo relatório, mesmo que parcial. Além disso, caso seja necessário, a PF deve explicar a razão para estender a investigação, indicando as medidas pendentes para esclarecer completamente os fatos. O ministro Moraes acatou o pedido nesta segunda-feira, 19, e determinou a notificação do delegado encarregado.
Dentre os investigados no inquérito estão o governador Ibaneis Rocha, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o coronel Fábio Augusto Vieira. A investigação teve início imediatamente após a invasão da Praça dos Três Poderes. São alvos de apuração o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, o ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF, Fernando de Souza Oliveira, e o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fábio Augusto Vieira.
Durante seu depoimento, o governador relatou que acompanhou os protestos pela televisão e, ao perceber que a situação fugia do controle, ordenou imediatamente a tomada de medidas para evacuar o prédio do Congresso Nacional, o primeiro a ser invadido, e para deter os responsáveis pela invasão. Ibaneis negou ter sido alertado sobre possíveis atos violentos. Anderson Torres, que estava de férias nos Estados Unidos quando os incidentes ocorreram, também foi ouvido pela PF na investigação. O ex-secretário de Segurança Pública afirmou não ter indícios prévios de ações radicais.
Fonte: @ Estadão
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