Relatório do Banco Central indica projeções de IPCA distantes do centro da meta de inflação e expectativa para a taxa básica de juros.
Em Brasília, o mercado financeiro apresentou mais um aumento nas estimativas para a inflação deste ano. Segundo o relatório Focus do Banco Central, divulgado hoje, 26, a previsão para o IPCA em 2021 é de 4,25%. Esse é o sexto ajuste consecutivo para cima nas projeções, refletindo a atual conjuntura econômica.
O cenário do mercado financeiro mostra uma tendência de alta na inflação, com os analistas revisando constantemente suas previsões. A expectativa de 4,25% para o IPCA reflete a percepção dos profissionais das instituições financeiras sobre os rumos da economia brasileira. É importante acompanhar de perto essas projeções para entender as perspectivas do mercado para o restante do ano.
Mercado financeiro: projeções para inflação e taxa Selic
Na semana anterior, o índice estava em 4,22% e, há um mês, em 4,1%. O centro da meta de inflação estabelecida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para cima ou para baixo. A projeção para a inflação em 2025 também aumentou, de 3,87% para 4%. As projeções para os horizontes mais distantes permaneceram inalteradas, mas continuaram acima do centro da meta, em 3,60% para 2026 e 3,50% em 2027, pela 12.ª e 60.ª semana consecutiva, respectivamente.
Expectativas para a taxa básica de juros
No que diz respeito à taxa Selic, o mercado manteve a projeção para o final deste ano em 10,5%, enquanto para 2025 ficou em 10%. No entanto, os analistas aumentaram suas expectativas para a Selic em 2026, elevando a projeção de 9% para 9,5% ao ano após 14 semanas de estabilidade. O consenso do mercado é de que os juros encerrarão 2027 em 9%, projeção mantida nas últimas 14 semanas.
Declarações do diretor do Banco Central
Na semana passada, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, rejeitou a interpretação de que suas declarações recentes colocaram o BC ‘em apuros’, mas reiterou que o Comitê de Política Monetária (Copom) ‘não hesitará’ em aumentar a taxa básica de juros se necessário. Em um evento organizado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Galípolo afirmou: ‘Na minha visão, a situação difícil para o BC não é ter que aumentar os juros. A situação difícil é a inflação fora da meta, o que é desconfortável. Aumentar os juros é algo rotineiro para quem está no BC’.
Projeções do Produto Interno Bruto (PIB)
A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024 subiu de 2,23% para 2,43%. Para 2025, no entanto, caiu de 1,89% para 1,86%. Os economistas do mercado não modificaram as projeções de crescimento econômico para 2026 e 2027, mantendo-as em 2%, como têm feito há 55 semanas e 57 semanas, respectivamente. O último relatório divulgado pelo BC, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho, previa um crescimento de 2,3% para o PIB brasileiro este ano. O Ministério da Fazenda estima um crescimento de 2,5% para o PIB do Brasil.
Fonte: @ Estadão
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