Proposta política-economia não foi votada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara devido a falta de início da discussão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou uma cirurgia no dia 10 de janeiro em um procedimento que desencadeou especulações sobre a sucessão de 2026 no Palácio do Planalto. O processo cirúrgico realizado pela equipe médica do presidente não foi divulgado.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a cirurgia foi realizada por uma equipe da Clínica São Luís. O jornal também não divulgou as causas reais que levaram o presidente a se submeter ao procedimento cirúrgico. Todos os detalhes sobre a sequência das operações e a equipe médica responsável foram mantidos em sigilo.
Em meio a um cenário de incerteza, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta o desafio de se recuperar de uma cirurgia que, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo, foi realizada no dia 10 de janeiro. O processo cirúrgico foi realizado por uma equipe médica da Clínica São Luís, mas todos os detalhes sobre a sequência das operações e a equipe responsável foram mantidos em sigilo.
A cirurgia realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 10 de janeiro é mais um capítulo da sua história política, marcada por muitos desafios. Ele é o primeiro presidente petista a se submeter a um procedimento cirúrgico de alto risco, o que tem gerado preocupações e especulações entre o eleitorado. A capacidade de liderança do presidente Lula é testada em cada momento de sua trajetória.
Presidente Lula: a incerteza da sucessão
A questão da sucessão do presidente Lula, petista, já movimenta os bastidores da política e até da economia. Nem mesmo nas fileiras do PT há certeza de que o presidente concorrerá ao quarto mandato, daqui a dois anos. Além disso, para cada interlocutor ele fala uma coisa, seja em estilo de humor, seja em termos de politica-economia. Diz o PT que ‘Lula é como a Bíblia: cada um interpreta como quer’. Na prática, prestes a completar 45 anos em 10 de fevereiro de 2025, o PT precisa de Lula para dar continuidade a seu projeto de poder. Uma ala da sigla jura que ele é ‘candidatíssimo’, mesmo porque nunca deixou nenhuma prata da casa ascender, e chama de preconceituosos os que se referem à sua idade. Hoje com 79 anos, o presidente terá 81 em 2026.
O cenário atual e a necessidade de um plano B
Lula e Haddad: ministro da Fazenda é visto como herdeiro natural do presidente. Outro grupo observa, no entanto, que essa definição depende do cenário até lá: não só da saúde de Lula, mas de como estará o governo e, principalmente, a economia. Esse segundo time, mais cauteloso, já dizia isso antes de o presidente levar um tombo no Palácio da Alvorada e bater com a cabeça no chão, em 19 de outubro. Embora tudo caminhe para a rápida recuperação de Lula, não são poucos os petistas que consideram provável ele próprio começar a planejar um ‘plano B’ para a sua sucessão.
A candidatura de Fernando Haddad
Em junho, o presidente disse que quer concorrer a novo mandato para evitar que ‘trogloditas‘ voltem a governar o País. No mês passado, porém, ele afirmou esperar que não seja necessário entrar na disputa. ‘Eu não preciso ser o candidato’, desconversou. Nesse caso, todas as apostas recaem sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em 2018, quando estava preso em Curitiba, Lula queria que Jaques Wagner (PT-BA) fosse candidato à Presidência no seu lugar. Alegou que ele havia vencido duas eleições para governador da Bahia e representava o Nordeste. Wagner retrucou e disse que não estava preparado.
A herança de Lula
Pediu um tempo para pensar, mas Lula antecipou o que ocorreria. ‘Vamos chamar o Haddad porque o Alemão não quer’, avisou ele a amigos, referindo-se a Wagner. A partir daí, Lula se aproximou cada vez mais de Haddad, o mais tucano dos petistas que, apesar de enfrentar críticas no próprio PT, é, até agora, o seu herdeiro natural.
A incerteza da sucessão
Em um país onde até o passado é incerto, como observava o então ministro da Fazenda, Pedro Malan, não dá para cravar nada. A esquerda não sabe quem será seu candidato em 2026, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível até 2030 e não quer deixar a grama conservadora crescer ao seu redor e o centro continua ‘apagado’. Lula sabe que a briga por sua cadeira começa a ficar mais quente no ano que vem, quando se inicia a segunda metade do governo. Mas é somente a partir de sua decisão sobre ser ou não ser candidato que todas as peças do jogo de 2026 vão se mover. Não tem jeito. Como diria Chacrinha, esse programa só acaba mesmo quando termina.
Fonte: @ Estadão
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