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Ex-presidente do Solidariedade, preso desde 15 de junho na Operação Fundo no Poço, proibido de movimentar contas no exterior e de comparecer a endereços do partido.
O magistrado Lizandro Garcia Gomes Filho, da 1ª Zona Eleitoral de Brasília, determinou a libertação do ex-presidente Eurípedes Júnior, detido desde o dia 15 de junho sob acusação de desvio de R$ 36 milhões do fundo Partidário.
O político Eurípedes, também conhecido como Eurípedes Júnior, foi liberado após a decisão do juiz. A defesa de Eurípedes comemorou a soltura e afirmou que ele está ansioso para retomar suas atividades políticas.
Eurípedes: Ex-dirigente do Solidariedade enfrenta medidas cautelares
Eurípedes, ex-dirigente do Solidariedade, agora terá que utilizar tornozeleira eletrônica como parte das medidas cautelares impostas. Além disso, está proibido de adentrar em qualquer sede do Solidariedade e não pode efetuar movimentações financeiras em contas mantidas no exterior. Os advogados Fábio Tofic Simantob e Jose Eduardo Cardozo, responsáveis pela defesa de Eurípedes, afirmam que a maioria das acusações feitas pelo Ministério Público foi refutada na defesa recentemente apresentada, culminando na expectativa de sua soltura.
Eurípedes, réu em processos por supostos crimes que incluem organização criminosa, falsidade eleitoral, apropriação indébita e peculato, tem sido alvo de suspeitas do Ministério Público Federal. As acusações envolvem não apenas desvios de recursos e candidaturas laranja, mas também o uso de verbas do Solidariedade para viagens internacionais de familiares, além de supostas atividades ilícitas relacionadas ao PROS.
A Operação Fundo no Poço desencadeou investigações que resultaram na prisão de diversos envolvidos, incluindo Eurípedes. No entanto, o ex-presidente do Solidariedade não foi detido imediatamente e se entregou às autoridades após alguns dias. Posteriormente, ele se afastou da presidência do partido e, em seguida, renunciou ao cargo e se desfiliou.
A decisão recente, que revogou a prisão preventiva de Eurípedes, foi baseada no argumento de que não há mais motivos para sua detenção, uma vez que outros investigados já estão em liberdade. O juiz eleitoral considerou que as principais provas foram colhidas e estão sob análise do Ministério Público e da Polícia Federal.
Apesar da liberdade concedida, Eurípedes terá que cumprir uma série de medidas cautelares, como o uso da tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com outros investigados, o recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, além da proibição de acesso à sede do Solidariedade. A decisão do juiz foi fundamentada na avaliação de que não há risco à ordem pública e econômica, e que as principais evidências já estão sob análise das autoridades competentes.
Fonte: @ Estadão
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