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Operação Rabbit busca endereços no Rio por prática ilegal de front running. Investidor usa informações sigilosas para vantagens no mercado de títulos valores. CVM estima R$ 5,1 mi em lucros.
A Polícia Federal realizou buscas em quatro locais no Rio de Janeiro durante a Operação Rabbit, que visa coibir a prática ilegal de Front Running no mercado de ações – quando um investidor se utiliza de informações exclusivas e sigilosas para obter vantagens. Um funcionário foi identificado pela PF por repassar dados sigilosos para outros membros do grupo sob suspeita, permitindo que eles se antecipassem aos movimentos do mercado de ações.
As investigações revelaram que o grupo estava atuando de forma coordenada na bolsa de valores, manipulando informações privilegiadas para obter vantagens indevidas. A ação da PF visa coibir essas práticas ilícitas e garantir a lisura e transparência no mercado de ações. É fundamental que a integridade do mercado seja preservada para garantir a confiança dos investidores e a estabilidade financeira.
Mercado de Ações: Operação Rabbit Desmantela Esquema Ilícito
Os órgãos federais direcionaram suas investigações para um grupo que atuava de forma ilegal no mercado de ações, alcançando uma taxa de sucesso superior a 94% em operações de day trade. A Polícia Federal contou com a colaboração da Comissão de Valores Mobiliários para desvendar as atividades ilícitas, estimando que a organização tenha obtido lucros de R$ 5.141.045,34 por meio de operações realizadas entre os anos de 2016 e 2022.
A operação, batizada de Operação Rabbit, resultou na execução de quatro mandados de busca, sendo dois na Freguesia e dois na Tijuca. Além disso, um funcionário de uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) foi afastado de suas funções, pois estaria envolvido no esquema fraudulento. Segundo as investigações, esse funcionário repassava informações sigilosas para outros membros do grupo sob suspeita, permitindo que antecipassem os movimentos do mercado.
As ordens judiciais foram emitidas pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que também determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados no valor de até R$ 5,1 milhões, montante supostamente obtido de forma ilícita. O nome da operação faz alusão ao termo internacional do atletismo, onde o ‘coelho’ é o corredor que lidera a corrida, estimulando os demais a um maior desempenho.
A Polícia Federal explicou que o termo ‘coelho’ está relacionado ao front running, prática em que um operador financeiro se antecipa às movimentações do mercado de ações com base em informações privilegiadas. A investigação abrange possíveis crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e front running, onde um investidor é informado antecipadamente sobre uma grande operação que pode influenciar o preço de mercado de um ativo, resultando em lucros indevidos.
Fonte: @ Estadão
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