Jovens podem ter mais resistência a feedbacks e regras corporativas, mas remuneração, extras, conselhos e verba de representação podem engajá-los.
De acordo com informações divulgadas, o governador Tarcísio de Freitas do estado de São Paulo, membro do partido Republicanos, é responsável por uma gestão que busca equilibrar os gastos públicos. No entanto, essa abordagem de contenção de despesas não se estende a todos os setores, pois o governo desembolsa R$ 2,3 milhões por mês em remunerações extras para membros de conselhos e comitês de fundações, autarquias e empresas estatais.
Essa prática de pagamento de salários extras tem gerado controvérsia, destacando a dicotomia entre a austeridade fiscal como política governamental e a realidade de gastos discrepantes em alguns setores. Enquanto o governador Tarcísio de Freitas promove a contenção de gastos como uma medida para equilibrar as contas públicas, a sua gestão também patrocina a concessão de remunerações extras. Isso pode ser percebido como uma clara divergência entre a retórica governamental e a prática efetiva nos diferentes setores.
Escândalo de Remuneração Ilícita no Governo de São Paulo
Alguns dos beneficiários da prática de pagamento de ‘jetons‘ incluem cunhados do governador, ex-governos, secretários da atual gestão, apadrinhados políticos e militares. Esses pagamentos são conhecidos como ‘jetons’ e são considerados remunerações extras, segundo orientações do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) e do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora seja uma prática comum em outros países, no Brasil, não é considerada ilegal, mas é sujeita às regras de remuneração dos conselhos estaduais. O governo de São Paulo afirma que essas nomeações são feitas de acordo com a legislação vigente e que os conselheiros são eleitos em assembleias ordinárias. Além disso, o governo afirma que a remuneração de conselheiros obedece à Deliberação do Codec (Conselho de Defesa dos Capitais). Na prática, a maior parte do valor pago por esses conselheiros é destinada a remunerações extras em conselhos e comitês de empresas estatais, como o Comitê de Auditoria da agência de fomento Desenvolve SP, que tem como membro o cunhado do governador, Maurício Pozzobon Martins, que fatura R$ 16,1 mil.
Fonte: @ Estadão
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