Declaração sobre corrupção foi um passo importante, mas não suficiente.
O G20 é um espaço de diálogo e cooperação entre as principais economias mundiais, com o objetivo de promover o crescimento econômico, a estabilidade financeira e a cooperação internacional. No entanto, o G20 também é um palco para discutir questões críticas, como a corrupção, que pode afetar negativamente o desenvolvimento econômico e a confiança nos governos.
Na cúpula do G20 realizada no Rio de Janeiro, em novembro de 2024, os líderes mundiais discutiram várias questões, incluindo a corrupção e a sua relação com a cooperação internacional. A corrupção é um dos principais desafios para o desenvolvimento econômico e a estabilidade política em muitos países, e é considerada uma ameaça à governança e à segurança global. Os líderes mundiais concordaram em trabalhar juntos para combater a corrupção e promover a transparência e a responsabilidade governamental.
Desafios Globais e Questões Macroeconômicas
O Grupo do Palácio Itamaraty, em conjunto com outros 18 países e dois blocos regionais, União Europeia e União Africana, abrange 85% do PIB, 75% do comércio e 2/3 da população mundial, o que destaca sua importância em questões de desenvolvimento sustentável, meio ambiente, questões climáticas, recursos energéticos, agricultura, saúde e corrupção. Cada ano, um país membro assume a presidência, promovendo encontros de grupos de trabalho e reuniões de cúpula para discutir e implementar políticas que abordem essas questões críticas.
O Brasil e a Presidência do Grupo
Entre 1º de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2024, o Brasil assume a presidência do grupo, com o slogan ‘Construindo um mundo justo e um planeta sustentável’. Durante esse período, o Brasil enfatiza a cooperação global no desenvolvimento sustentável e questões sociais, destacando a importância da corrupção como um obstáculo significativo para o progresso econômico e social.
O G20 e a Corrupção
Ao analisarmos os principais temas abordados no G20, observamos que o enfrentamento à corrupção não foi mencionado explicitamente na agenda. No entanto, o Grupo de Trabalho Anti-Corrupção (ACWG) se reuniu em Natal-RN em outubro, discutindo a necessidade de integrar o combate à corrupção às demais agendas. Os representantes reconheceram o impacto negativo da corrupção na estabilidade institucional, segurança da sociedade, valores democráticos e competição de mercado.
Compromissos e Perspectivas
Os compromissos assumidos pelo GT Anti-Corrupção incluem integrar o tema do combate à corrupção às demais agendas, reconhecendo seu impacto negativo na estabilidade institucional, segurança da sociedade e valores democráticos. Além disso, o GT destacou a importância da cooperação internacional para enfrentar a corrupção, que é um desafio global que afeta negativamente o desenvolvimento econômico e a Agenda 2030.
Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente
O G20 também abordou questões de desenvolvimento sustentável e meio ambiente, incluindo a transição energética para uma economia de baixo carbono, a criação da Coalizão Global de Planejamento Energético e a promoção de fontes renováveis. Essas iniciativas são fundamentais para abordar as questões climáticas e promover um desenvolvimento sustentável.
Questões Macroeconômicas e Sociais
Além da corrupção, o G20 também abordou questões macroeconômicas e sociais, incluindo a reforma na governança de instituições globais, a inclusão digital e a taxação de grandes fortunas para financiar ações contra a fome. Essas questões são críticas para abordar desafios globais e promover o desenvolvimento sustentável.
Integração e Cooperação
A integração do tema do combate à corrupção às demais agendas é fundamental para abordar um desafio global que afeta negativamente o desenvolvimento econômico e a Agenda 2030. A cooperação internacional é crucial para enfrentar a corrupção e promover a estabilidade institucional, segurança da sociedade e valores democráticos.
Fonte: @ Estadão
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