Análise de qualidade de vida em ginastas de 46 a 65 anos: flexibilidade, habilidades e pontuações de participantes em estudo com mais de 3 mil pessoas.
Interessante como a flexibilidade do corpo pode impactar diretamente a nossa saúde e bem-estar. Não se trata apenas de realizar movimentos extremos, como tocar a mão no pé e dobrar a perna até encostá-la na barriga, mas sim de manter uma rotina de exercícios que promovam a flexibilidade ao longo da vida.
Além disso, a mobilidade também desempenha um papel crucial na manutenção da autonomia e independência, especialmente durante o envelhecimento. É importante buscar atividades que não só trabalhem a flexibilidade, mas também a mobilidade das articulações, garantindo assim uma vida mais ativa e saudável. A combinação desses elementos contribui significativamente para a qualidade de vida e a longevidade.
Estudo Revela a Importância da Flexibilidade na Longevidade
Um estudo recente, conduzido por pesquisadores brasileiros e divulgado na Scandinavian Journal of Medicine & Science Sports, destaca a relação entre a flexibilidade de uma pessoa e sua longevidade. A pesquisa examinou mais de 3 mil participantes, com idades entre 46 e 65 anos, que realizaram o Flexitest, um teste que avalia a flexibilidade por meio de 20 movimentos que envolvem sete articulações do corpo. Após um acompanhamento médio de 12 anos, os participantes com melhores pontuações de flexibilidade apresentaram menor risco de mortalidade, enquanto aqueles com pontuações mais baixas tiveram um risco mais elevado.
Impacto da Flexibilidade na Saúde e Qualidade de Vida
Os resultados destacam a importância da flexibilidade como uma aptidão física crucial para a saúde, juntamente com a força, composição corporal e condicionamento cardiorrespiratório. Claudio Gil Araújo, médico do esporte e coautor do estudo, ressalta a necessidade de priorizar a flexibilidade na rotina de exercícios. Ele enfatiza que a flexibilidade não recebe a devida atenção, apesar de sua relevância para a funcionalidade do corpo.
Reflexões sobre a Flexibilidade e a Mortalidade
Guilherme Artioli, doutor em Educação Física e pesquisador, destaca que a relação entre flexibilidade e mortalidade não implica em causalidade direta. Ele ressalta a importância de considerar outras variáveis, como o nível de atividade física, ao interpretar os resultados do estudo. Artioli enfatiza a necessidade de cautela ao extrapolar as conclusões sobre a relação entre flexibilidade e longevidade.
Flexibilidade e Funcionalidade no Envelhecimento
Araújo destaca que a falta de flexibilidade, especialmente em idosos, aumenta o risco de lesões e quedas, mesmo durante atividades simples. Ele aponta que a capacidade de realizar movimentos amplos está diretamente ligada à autonomia e qualidade de vida. O Flexitest, desenvolvido por Araújo, visa analisar a flexibilidade e prevenir possíveis lesões decorrentes da rigidez muscular.
Conclusão: Enfatizando a Flexibilidade na Rotina de Exercícios
A importância da flexibilidade como um componente essencial para a saúde e bem-estar é evidenciada pelos resultados do estudo. A atenção à flexibilidade, juntamente com outros aspectos físicos, pode contribuir significativamente para a qualidade de vida e a longevidade. A promoção da flexibilidade como parte integrante da rotina de exercícios pode trazer benefícios duradouros para a saúde e o bem-estar das pessoas em todas as idades.
Fonte: @ Estadão
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