Incerteza econômica nos EUA e controle de contas públicas no Brasil levam analistas a refazer projeções para o dólar, considerando termos como gabinete de crise e planos de contingência.
A partir desta quinta-feira, 17, a Defesa Civil de São Paulo intensificará a fiscalização nos centros de operações da Enel e de outras quatro concessionárias de energia elétrica no Estado, com o objetivo de garantir a segurança e eficiência dos serviços prestados.
Essa medida visa reforçar o monitoramento e a supervisão das atividades dessas concessionárias, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz em caso de emergências ou interrupções no fornecimento de energia elétrica. Além disso, a fiscalização contínua ajudará a identificar e corrigir possíveis falhas ou irregularidades, garantindo a qualidade dos serviços prestados à população. A segurança dos cidadãos é prioridade.
Fiscalização Intensificada
O objetivo é intensificar a fiscalização das empresas de energia elétrica para garantir que elas cumpram seus planos de contingência, o que não foi feito pela Enel após o apagão do fim de semana, segundo Thiago Nunes, diretor da Agência Reguladora dos Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp). A tempestade da última sexta-feira deixou 3,1 milhões de imóveis sem luz na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
A preocupação é evitar que a população sofra novamente com a falta de luz por períodos prolongados diante da previsão de novas chuvas. A Defesa Civil Estadual prevê ventos de até 60 km/h entre sexta-feira e domingo, além de raios e possíveis quedas de granizo. O acumulado de chuvas pode chegar a 95 milímetros na região metropolitana e a 200 milímetros no interior.
O governo de São Paulo instalará um gabinete de crise a partir de sexta-feira, 18, para monitorar a situação e garantir a supervisão das empresas de energia elétrica. O anúncio das medidas foi feito após uma reunião que durou cerca de duas horas e meia no Palácio dos Bandeirantes com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o prefeito de Taboão da Serra, Aprígio (Podemos), representantes da Enel, CPFL, EDP, Energisa e Neoenergia, o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Machado, e integrantes das defesas civis estadual e municipais.
Controle e Monitoramento
Tarcísio e Nunes, contudo, não falaram com a imprensa após o encontro. Coube a Henguel Ricardo Pereira, coordenador da Defesa Civil do Estado, informar a presença dos agentes nos centros de operação das concessionárias e detalhar o plano de contingência da Enel para a região metropolitana de São Paulo. Na quarta-feira, 16, o Tribunal de Contas da União (TCU) havia decidido que as empresas deveriam compartilhar informações em tempo real com o poder público.
Questionado sobre o motivo de a fiscalização só ter sido intensificada após o apagão iniciado a partir de sexta-feira, Pereira respondeu que no final de semana ‘não teve essa ação mais efetiva e contundente do Estado’. Mas ressaltou que agora o poder público está cobrando ‘com mais rigor’ o cumprimento das medidas emergenciais porque as empresas foram obrigadas a dar transparência aos planos de contingência pelo TCU.
‘A gente vivenciou isso na última chuva. Muitas vezes falava ‘tem tantas equipes na rua’. Só que a população na ponta da linha, muitas vezes sem energia, dizia ‘não chegou ninguém aqui.’ Agora a gente vai acompanhar o deslocamento dos carros de manutenção para saber realmente se está chegando no local que precisa’, afirmou Pereira após ser questionado sobre o motivo da fiscalização não ter sido intensificada anteriormente.
Plano de Contingência
Segundo o coordenador, a Enel prometeu colocar de 700 a 1,2 mil equipes de prontidão, além de ceder 500 geradores que podem ser distribuídos em locais prioritários, como estações de bombeamento da Sabesp e hospitais de grande porte, e dois transformadores móveis. Além disso, 5,4 mil agentes da Defesa Civil estarão de prontidão em todo Estado. A Prefeitura de São Paulo disponibilizará 4,3 mil agentes.
Fonte: @ Estadão
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