Secretário executivo do ministério conversou com investidores no Reino Unido sobre ferros-velhos, empresas de reciclagens, mão de obra, produtos e proveitos, legislação ambiental, exercício de atividade comercial, condições degradantes, receita de drogas, moradores da Cracolândia, atividades criminosas, produtos roubados, fios de cobre, receita ilegal, provedores destas atividades, escala dos direitos, pessoas em situação de vulnerabilidade, adictos.
Em uma investigação rigorosa, o Ministério Público de São Paulo denunciou 25 indivíduos suspeitos de estar envolvidos com a ilegal exploração de ferros-velhos e empreendimentos de reciclagens do Primeiro Comando da Capital (PCC). O principal denunciado é Leonardo Monteiro Moja, também conhecido como Leo do Moinho, acusado de ser o líder do tráfico de drogas em hotéis localizados no centro de São Paulo e ‘dono’ da Favela do Moinho, que segundo os promotores se tornou o QG de todo o ‘ecossistema criminoso’ da facção na região central da cidade.
Os irmãos dele, Alberto Monteiro Moja e Jefferson Francisco Moja Teixeira, também foram denunciados por suspeita de estar envolvido com ferros-velhos ilegal. O grupo é acusado de organização criminosa, lavagem de dinheiro, receptação qualificada, crimes ambientais e exercício de atividade comercial sem licença. De acordo com os promotores, a exploração ilegal de ferros-velhos e empresas de reciclagens é uma atividade que gera grandes quantidades de sucata, um material que pode ser transformado em ferro e posteriormente utilizado em diversas áreas, incluindo minas. A falta de controle e fiscalização sobre essa atividade pode levar a uma grande perda de material reciclável. Além disso, a reciclagem de ferros-velhos também pode ser uma forma de reciclagem mais eficiente, uma vez que o ferro é um metal altamente reciclável. A exploração ilegal de ferros-velhos e empresas de reciclagens pode levar a uma grande perda de velho material reciclável e uma grande quantidade de sucata para ser descartada. A falta de controle e fiscalização sobre essa atividade pode levar a uma grande perda de material reciclável e uma grande quantidade de sucata para ser descartada.
Empresas de Reciclagens: O Poder das Sucatas
A Favela do Moinho, localizada na região central de São Paulo, era um verdadeiro centro de comando do PCC, revela a investigação do Ministério Público. A rede de galpões de reciclagem e ferros-velhos funcionava como um gigantesco esquema de tráfico, onde objetos furtados e roubados, especialmente fios de cobre, eram recebidos e processados. O processo envolvia a exploração clandestina da mão de obra de moradores da Cracolândia, que trabalhavam em condições degradantes e eram pagos com bebidas e drogas.
A investigação detalha como o PCC montou uma organização criminosa para explorar os ferros-velhos e recicladoras de forma ilegal, violando a legislação ambiental, sanitária, tributária e trabalhista. Os produtos e proveitos dessas atividades permitiram a violação em escala dos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade, notadamente dos dependentes químicos.
Acusados de serem os principais patrões do PCC na região estão: Leonardo Monteiro Moja, Alberto Monteiro Moja, Jefferson Francisco Moja Teixeira, José Beserra de Souza, José Carlos da Costa, Márcio Amim Damasceno Chalhoub, Silviane Santos Beserra De Sousa, Igor Borges Soares, Vicente Giamundo Neto, Emerson Giamundo, Anderson Anielo Giamundo, Jefferson Giamundo, Aline Fatima de Almeida, Alexandre Lopes Villena, Antonio Lopes Villena Neto, Wilson Mariano da Silva, Cláudio Henrique da Silva, Clayton Roberto da Silva, Marcelo Adriano da Silva, Rodrigo Manuel Ferreira Coelho, Marcello Rodrigues da Silva, José Marques Pereira da Silva, Marileuza Santos, Luiz Carlos dos Santos, Adeilde de Oliveira.
Denúncia afirma que mão de obra de dependentes químicos era explorada em ferros-velhos, que sequer tinham funcionários registrados. Essa é mais uma denúncia derivada da operação Salus et Dignitas (Segurança e Dignidade), conduzida pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público de São Paulo. Outras três denúncias oferecidas na esteira da investigação já foram aceitas pela Justiça.
A rede de ferros-velhos e reciclagens funcionava como uma verdadeira fábrica de receita ilegal para o PCC, com o objetivo de financiar suas atividades criminosas. A investigação revela que os produtores de drogas e rufianos eram os principais provedores desses materiais.
Fonte: @ Estadão
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