107.330 se inscreveram para o processo. 11.213 fizeram a prova. Índice de abstenção foi de 7,48%, menor da história.
A eleição de 1989 marcou um marco na história política do Brasil, completando 35 anos desde a sua realização em 15 de novembro. O pleito foi o primeiro a ser realizado após a redemocratização, abrindo as portas para a participação popular direta em eleições presidenciais.
Com 22 candidatos concorrendo, a eleição de 1989 foi um momento de grande expectativa e mudanças. A participação popular direta foi um divisor de águas na história política do país, marcando o início de uma nova era para o voto e a representação política. A eleição de 1989 foi um passo significativo na construção de uma democracia mais inclusiva e representativa, abrindo caminho para outras eleições presidenciais e pleitos significativos.
Eleições presidenciais de 1989: um marco na trajetória de crise do Brasil
A eleição de Fernando Collor de Mello para a presidência do Brasil em 1989 foi um marco na trajetória de crise do país. O jovem político alagoano, com apenas 40 anos, foi eleito com 53,03% dos votos no segundo turno, vencendo o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A campanha de Collor foi marcada por afirmações polêmicas, como a de que Lula iria confiscar o dinheiro do povo, caso fosse eleito.
Um presidente comprometido com a corrupção
A trajetória de crise de Collor começou logo após sua eleição. Seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, foi acusado de chefiar um esquema que arrecadava propina em troca de favorecimento de empresas. O depoimento de Pedro Collor, irmão do presidente, balançou o governo. As investigações de corrupção levaram à abertura de um processo de impeachment contra Collor. Ele renunciou ao cargo poucos dias antes do fim do processo, mas o Senado manteve o julgamento do processo e o então presidente foi definitivamente afastado do cargo.
Uma votação direta e democrática, mas sem direitos
O pleito de 1989 foi a última eleição do Brasil disputada no dia 15 de novembro, tradição inaugurada pelo regime militar a partir do Ato Institucional nº 3, em 1966. A votação popular direta foi uma conquista importante, mas o regime militar ainda mantinha um controle significativo sobre o processo eleitoral. A votação voltou a ser realizada em dois domingos de outubro, como era antes do golpe, apenas na eleição seguinte.
O regime militar e a votação direta
O regime militar instituiu o Ato Institucional nº 3 em 1966, o que permitiu a realização de eleições diretas para a presidência do Brasil. No entanto, o regime ainda mantinha um controle significativo sobre o processo eleitoral. A votação direta foi uma conquista importante para a democracia no Brasil, mas ainda havia muito a ser feito para garantir a igualdade de direitos e oportunidades para todos os cidadãos.
O voto e a democracia
O voto é um direito fundamental em qualquer democracia. No entanto, no Brasil, o voto foi historicamente limitado a uma pequena elite. A votação direta em 1989 foi um passo importante em direção a uma democracia mais inclusiva. No entanto, ainda havia muitos obstáculos a ser superados para garantir que todos os cidadãos tivessem acesso ao voto e que suas vozes fossem ouvidas.
Enéas Carneiro e a votação popular direta
Enéas Carneiro foi um político brasileiro que disputou várias eleições, incluindo a eleição presidencial de 1989. Embora tenha perdido várias vezes, Carneiro conquistou lugar no imaginário popular. Ele foi um defensor da votação popular direta e acredita que o povo deve ter mais participação na política.
Paulo Maluf e a trajetória de crise
Paulo Maluf é um político brasileiro que disputou várias eleições, incluindo a eleição presidencial de 1989. Embora tenha sido um dos principais candidatos, Maluf não foi eleito. No entanto, sua trajetória política foi marcada por controvérsias e escândalos. Ele foi um dos principais aliados de Fernando Collor de Mello durante a campanha presidencial de 1989.
Fonte: @ Estadão
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