Maria Grazia Chiuri destaca o corpo feminino contemporâneo com recortes e decotes, valorizando a forma física como atributo artístico na moda.
Na última terça-feira, 24, em Paris, enquanto as luzes da sala de desfile que a grife francesa Dior montou nos jardins do Museu Rodin se acendiam para apresentar sua nova coleção prêt-à-porter, uma imagem aguçou a curiosidade da audiência, destacando a essência feminina que permeia a marca.
A coleção apresentada pela Dior foi uma verdadeira ode à beleza feminina, com modelos femininas desfilando com confiança e elegância. A grife francesa não apenas apresentou roupas, mas também uma visão de mundo que valoriza a mulher e sua força. A moda feminina nunca foi tão poderosa. Com essa coleção, a Dior reafirma sua posição como uma das principais referências da moda feminina no mundo. A beleza feminina é um direito de todas as mulheres.
A Performance Artística e Esportiva da Dior
A cena de abertura do desfile da Dior foi marcada pela presença da atleta e artista multidisciplinar SAAG Napoli, que cruzou a passarela com seu arco e flecha, entrou em uma estrutura de vidro no centro do salão e disparou um de seus projéteis em direção a um alvo distante, em uma performance artística e esportiva inédita que sintetizou com precisão a mensagem da diretora criativa Maria Grazia Chiuri para a temporada. A próxima estação traz novas propostas para a moda feminina, com foco no físico feminino. Ao seu redor, looks da coleção destacaram a beleza e a força do corpo feminino.
A diretora criativa Maria Grazia Chiuri mantém seu olhar sensível para questões femininas e o respeito pelo heritage de Christian Dior, mas as novidades ficaram por conta das modelagens, recortes e decotes, que trouxeram o corpo feminino em evidência máxima. As mentes e os feitos de grandes mulheres da história, artistas com vozes potentes e questionamentos sobre o papel social da mulher na sociedade, se encontram na Dior atual, que evolui a cada temporada a conversa sobre questões ligadas ao feminismo.
A Representatividade Grega e a Moda Esportiva
A temporada traz referências dos arquivos da marca, especificamente o vestido Amazone, idealizado por Christian Dior para a coleção Outono-Inverno 1951-1952, mas une a história ao olhar sensível para o mundo dos esportes e também a símbolos, significados e padrões culturais da Grécia antiga, berço das Olimpíadas e uma das paixões assumidas de Maria Grazia. A representatividade grega fica explícita em linguagem de moda, que se expressa principalmente pelos decotes com mangas de um ombro só, que vêm em grande parte da coleção, em referência direta à imagem da toga – vestimenta típica da época – além dos vestidos plissados.
Imagens inseridas com perfeição no universo Dior agregado do léxico de sportswear. O resultado são roupas que vêm em perfeito alinhamento com a visão de SAAG que parte da ideia de usar ‘a moda como um atributo visual, uma afirmação de sua forma atlética’, como conta a marca sobre sua ‘amazona moderna’, que, com a performance, parece se aproximar do ideal da mulher Dior desta temporada.
O Corpo Feminino em Destaque
A primeira leva de looks do desfile evidenciou o corpo feminino de forma direta: mostrando a pele. Uma sequência de peças totalmente ajustadas ao corpo, com recortes, decotes e curvas dinâmicas que trazem ao olhar referências imediatas ao mundo dos esportes. Entre elas, maiôs, que ora vieram em preto, cor proeminente da coleção, e que destacam a beleza e a força do corpo feminino. A moda feminina da Dior está em evidência, e o corpo feminino é o centro das atenções.
Fonte: @ Estadão
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