Boletim médico informou parada cardiorrespiratória de Juan Izquierdo devido a arritmia cardíaca.
Na quarta-feira, 28, o Hospital São Camilo declarou a morte encefálica do atleta argentino Pedro Fernandez, que sofreu um acidente durante o treino na segunda-feira, 26, e estava sob cuidados médicos desde aquele dia.
No entanto, após uma série de exames detalhados, os médicos confirmaram que a situação de Pedro era irreversível e que ele havia sofrido uma morte cerebral, deixando a equipe e os fãs em luto pela perda precoce do talentoso jogador.
Morte Encefálica: Uma Realidade Dolorosa
O boletim médico informou que o zagueiro teve morte encefálica após uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca. Também conhecida como morte cerebral, a morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Enquanto o coração ainda bate, o cérebro deixa de controlar outros órgãos, levando à perda das funções vitais e ao óbito da pessoa.
A morte encefálica é um quadro grave que resulta da interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, privando os neurônios do oxigênio e glicose necessários para seu funcionamento. Quando as funções cerebrais são comprometidas de forma irreversível, a morte cerebral é declarada. É um momento doloroso para familiares e equipe médica, que precisam lidar com a perda de uma vida.
O neurologista Antonio Netto, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que a morte encefálica impede o cérebro de controlar até mesmo as funções mais básicas do organismo, como os batimentos cardíacos. Mesmo com o coração ainda batendo, a parada cardíaca é iminente quando o cérebro deixa de comandar esse órgão vital.
A respiração também é comprometida na morte encefálica, exigindo a assistência de aparelhos para manter o paciente vivo. Netto ressalta a importância do funcionamento cerebral completo para a vida, destacando que a morte encefálica afeta as funções mais primitivas do cérebro, como os reflexos.
Diversas causas podem levar à morte encefálica, incluindo paradas cardiorrespiratórias, acidentes vasculares cerebrais, doenças infecciosas do sistema nervoso central, tumores cerebrais e traumas. É fundamental identificar rapidamente os sinais desse quadro para garantir o diagnóstico preciso e o tratamento adequado.
No Brasil, a declaração de morte encefálica segue critérios rigorosos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina. Protocolos específicos são seguidos para confirmar a perda do reflexo tronco encefálico, com a realização de exames complementares para comprovar o diagnóstico. Profissionais capacitados são essenciais para garantir a precisão desse processo.
A morte encefálica também está relacionada à doação de órgãos, sendo um momento crucial para a identificação de potenciais doadores. A legislação brasileira e os protocolos médicos visam garantir a integridade do processo de doação, respeitando os critérios estabelecidos para a identificação de doadores compatíveis. É um gesto nobre que pode salvar vidas e oferecer esperança a quem aguarda por um transplante.
Fonte: @ Estadão
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