O manejo florestal em Unidades de Conservação enfrenta dificuldades para acelerar a concessão, além de desafios na restauração e pagamento de créditos de carbono.
A expectativa é de que a primeira concessão de restauração florestal dentro das Unidades de Conservação (UCs) seja realizada no próximo ano, envolvendo cerca de 15 mil hectares da Floresta Nacional do Bom Futuro, localizada em Porto Velho (RO). Essa medida legislativa visa contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) e mitigar o aquecimento global.
As florestas são fundamentais para o equilíbrio do ecossistema, pois elas abrigam uma grande diversidade de espécies vegetais e animais, regulamentando o ciclo do floresta e a disponibilidade de água. Além disso, as florestas desempenham um papel essencial na remoção de dióxido de carbono atmosférico, produzindo oxigênio como subproduto. Desta forma, a restauração florestal é uma ação estratégica para o desenvolvimento sustentável da Floresta Nacional do Bom Futuro, garantindo a preservação das espécies e a manutenção do equilíbrio ecológico.
Cobertura Florestal: um Desafio para o Brasil
As florestas brasileiras estão enfrentando um grande desafio, pois muitas áreas de floresta estão degradadas, mesmo estando conservadas. Essa situação é alarmante, pois essas florestas, se restauradas, têm o potencial de serem mais produtivas e sustentáveis. Nesse contexto, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) está trabalhando para restaurar essas áreas degradadas por meio de concessões florestais que visam a geração de créditos de carbono, uma ferramenta nobre para a conservação das florestas e unidades de conservação.
O diretor do SFB, Renato Rosenberg, destaca que esses novos tipos de concessões podem restaurar as áreas de floresta degradadas e promover a exploração sustentável dessas áreas, gerando créditos de carbono. Os créditos de carbono têm um preço de equilíbrio estimado em cerca de US$ 50 a tonelada, o que é uma oportunidade significativa para o setor de florestas.
O investimento estimado para o primeiro projeto é de R$ 600 milhões, e a expectativa é de que empresas interessadas possam se candidatar à concessão. O setor de florestas está crescendo rapidamente, e o governo espera que as empresas sejam capazes de encontrar áreas regulares para explorar. A proposta de concessão passou por consulta pública e será enviada ao Tribunal de Contas da União (TCU) para aprovação.
Um Caminho para a Conservação
O SFB também está trabalhando para implementar o Manejo Florestal Sustentável em unidades de conservação, que é uma alternativa para a rentabilização da reserva legal nas propriedades rurais. Esse instrumento é eficaz para a conservação das áreas, pois permite uma exploração sustentável da floresta, protegendo as áreas mais sensíveis. Atualmente, o Brasil tem 1,3 milhão de hectares concedidos para empresas que podem fazer o manejo, mas a meta é alcançar 5 milhões de hectares.
O diretor do SFB destaca que a concessão é uma zona de proteção de áreas mais sensíveis, e que o Manejo Florestal Sustentável é um instrumento importante para a conservação dessas áreas. A esperança é que, com a implementação dessas políticas, possamos restaurar e proteger nossas florestas, garantindo a sustentabilidade do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável do país.
Fonte: @ Estadão
Comentários sobre este artigo