Polícia Federal concluiu investigações, mas Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia apenas em Operação Emendário, que envolveu agiotas em negócios de campanha.
A corrupção, um problema crônico no Brasil, ganha mais uma face com a descoberta de um esquema envolvendo agiotas na compra e venda de emendas parlamentares ao Orçamento. A complexidade desse esquema de corrupção envolve uma rede de corrupção em que os envolvidos visam desviar recursos públicos para fins pessoais.
Segundo os investigadores, o esquema envolveu a criação de um falso esquema de corrupção, com agiotas atuando como intermediários para a compra de emendas parlamentares. Esse esquema de corrupção foi possível graças à falta de fiscalização e à corrupção dentro do próprio governo. A Polícia Federal, em sua investigação, buscou desvendar a complexa trama de corrupção e desvio de recursos públicos que envolveu parlamentares e agiotas. Ao longo de sua investigação, a PF descobriu que o esquema de corrupção era tão complexo que até mesmo as emendas parlamentares eram negociadas em um mercado de corrupção, com a venda de direitos de emenda a um preço alto.
Operação Emendário: Desvios de Recursos Públicos e Esquema de Corrupção
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recentemente apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra três deputados, enquanto outros dois inquéritos, concluídos pela PF há cerca de dois anos, continuam à espera de uma decisão. A investigação, batizada de Operação Emendário, revelou um esquema complexo de desvio de recursos públicos, envolvendo parlamentares, prefeitos e empresas. O caso é um exemplo paradigmático de como a corrupção se perpetua no Brasil, com o objetivo de financiar campanhas eleitorais e realizar negócios ilícitos.
O deputado Josimar Maranhãozinho foi denunciado pela PGR na Operação Emendário e seu celular foi encontrada com mensagens trocadas com outros dois deputados denunciados e o empresário Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan, sobre negociação de emendas para o município de São José de Ribamar (MA). Além disso, a Polícia Federal descobriu uma ‘planilha da corrupção’, indicando a fatia que cabia a cada um no esquema de desvio de recursos. Maranhãozinho, Bosco Costa e Pastor Gil foram procurados, mas não responderam.
Pacovan era conhecido como agiota eleitoral e foi assassinado a tiros em 14 de junho na cidade de Zé Doca (MA), a 310 quilômetros de São Luís. A Polícia Civil do Maranhão inicialmente afirmou que o assassinato não tinha relação com o esquema de corrupção, mas sim com uma briga entre antigos sócios por causa de dívida. No entanto, a verdadeira motivação para o crime permanece desconhecida.
Fonte: @ Estadão
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