Nova espécie de frutos verdes ainda, com 7m de altura, parente próxima da jabuticabeira, em áreas protegidas, distribuição restrita e desenvolvimento reprodutivo. Colaboradores estimam sua importância.
Recentemente, uma nova espécie de árvore frutífera foi descoberta no Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia, localizado em Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro. A presença dessa árvore única tem encantado os pesquisadores e amantes da natureza que visitam a região em busca de novas descobertas.
Além da nova árvore frutífera, o Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia abriga uma grande diversidade de espécies vegetais e animais. A preservação desse ecossistema é fundamental para garantir a sobrevivência de todas as espécies que ali habitam. A descoberta da nova árvore destaca a importância da conservação ambiental e da pesquisa científica para a proteção da biodiversidade.
Descoberta da Siphoneugena Carolynae, ‘Parente Próxima’ das Jabuticabeiras
A recente descoberta da Siphoneugena carolynae, uma árvore de 7 metros de altura, feita pelos pesquisadores Thiago Fernandes e João Marcelo Braga do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, revelou uma espécie única no mundo. Segundo Fernandes, até o momento, apenas um indivíduo dessa espécie foi identificado. Esta árvore, considerada uma ‘parente próxima’ das jabuticabeiras, é a 13ª espécie do gênero Siphoneugena conhecida até hoje.
Frutos Verdes Ainda e Áreas Protegidas
Durante as expedições de campo no Morro Itaocaia entre 2018 e 2023, os pesquisadores coletaram os frutos verdes ainda da Siphoneugena Carolynae. Ainda não conhecem os frutos maduros, mas acreditam que sejam semelhantes às jabuticabas, devido à proximidade genética entre as espécies. Essa descoberta ressalta a importância das áreas protegidas para a conservação de espécies raras com distribuição restrita.
Desenvolvimento Reprodutivo e Colaboradores
Ao longo das fases do desenvolvimento reprodutivo da Siphoneugena Carolynae, a espécie foi monitorada periodicamente pelos pesquisadores. Thiago Fernandes destacou a colaboração de seu orientador e outros colaboradores nessa pesquisa. Ele ressaltou que essa não foi a primeira descoberta rara feita na região, mencionando outras espécies encontradas em Itaocaia e Niterói.
Charles Darwin e Fazenda Itaocaia
Desde o século 19, a região onde a Siphoneugena Carolynae foi descoberta tem despertado o interesse de naturalistas, incluindo Charles Darwin. O geólogo e biólogo britânico visitou a área em 1832 e se hospedou na histórica Fazenda Itaocaia, local da descoberta da nova espécie. Para Fernandes, essa descoberta representa um avanço significativo para a ciência botânica.
Contribuição de Carolyn E. B. Proença
O nome científico Siphoneugena Carolynae foi escolhido em homenagem à pesquisadora da Universidade de Brasília, Carolyn E. B. Proença, especialista em Myrtaceae. A escolha foi uma forma de reconhecer as contribuições da pesquisadora para a taxonomia e biologia reprodutiva das espécies dessa família. Carolyn E. B. Proença também participou da discussão sobre a nova espécie.
Publicação na Revista Brittonia
O resultado da pesquisa sobre a Siphoneugena Carolynae, realizada pelos pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, foi divulgado em julho na revista científica Brittonia, publicação do Jardim Botânico de Nova York. Essa revista é reconhecida como uma das mais respeitadas do mundo no campo da botânica. Essa descoberta representa um passo adiante no conhecimento da flora da Mata Atlântica e destaca a importância da preservação das áreas naturais para a conservação de espécies únicas como a Siphoneugena Carolynae.
Fonte: @ Estadão
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