80% dos cafeicultores relatam impactos da seca, segundo pesquisa da Agrosmart: reduções expressivas no acumulado de chuvas e longas estiagens.
As cidades mais importantes na produção de café em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo tiveram chuvas abaixo da média nos últimos 12 meses, de acordo com dados da Agrosmart. Os maiores decréscimos no total anual foram observados em Serra do Salitre (MG), Colatina (SP) e Pedregulho (ES), onde as chuvas ficaram abaixo do normal em -43%, -42% e -41%, respectivamente.
Essa diminuição nas chuvas pode ter um impacto significativo na pluviometria da região, afetando diretamente a produção de café. É importante monitorar de perto as chuvas e a quantidade de água disponível no solo para garantir a qualidade das plantações. A variação na pluviometria pode exigir ajustes nas práticas agrícolas para mitigar os efeitos da escassez de água.
Redução significativa das chuvas em várias cidades mineiras
Outras localidades mineiras também estão enfrentando uma redução expressiva das precipitações: Patrocínio registrou uma diminuição de 39%, Boa Esperança de 27%, Varginha de 26%, Nazareno de 22% e Guaxupé de 13%. Essas reduções nas chuvas têm impactado diversas áreas de produção, incluindo as plantações de café.
Preocupações com a pluviometria e o calor intenso
De acordo com o levantamento realizado pela Agrosmart, produtores de café têm manifestado preocupações em relação às chuvas escassas (80%) e aos longos períodos de calor intenso (77%). Esses fatores têm afetado a produtividade e a qualidade das plantações, gerando apreensão entre os cafeicultores.
Desafios enfrentados pelos produtores
Os cafeicultores relatam um receio em relação à continuidade desse cenário nas próximas semanas, conforme destacado pelo meteorologista Juarez Ventura. A falta de chuvas adequadas e os períodos prolongados de calor representam desafios significativos para a produção de café em diversas regiões.
Produtividade e preços médios
Nas áreas analisadas de café arábica em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, a produtividade média foi de 32 sacas por hectare, podendo chegar a 43 sacas em áreas irrigadas. O preço médio pago ao produtor atingiu R$ 1.273,49 por saca, com vendas médias de até R$ 1.315,41 para cooperativas, conforme dados até 20 de agosto de 2024.
Tendência de seca em Minas Gerais
A consultoria aponta uma tendência de seca para o estado de Minas Gerais, com uma concentração maior de chuvas abaixo da média em diversos municípios. O Índice de Precipitação Padronizada (SPI) dos últimos 3 meses revela essa situação, sendo fundamental para monitorar a variabilidade climática e os impactos da falta de chuvas na região.
Fonte: @ Estadão
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