Gustavo Pimenta preside empresa após reunião de 10 horas; governo e estados informados antes do mercado; área corporativa cresceu; entregas mais consistentes; licenciamentos e autorizações em desacordo; explorar regiões.
O recém-nomeado CEO da Vale, Gustavo Pimenta, ressaltou em reunião com o conselho de administração da empresa a importância de otimizar a estrutura corporativa, visando aprimorar a eficiência operacional. Durante a entrevista, realizada na segunda-feira, 26, o executivo destacou a necessidade de reduzir custos e aumentar a produtividade para fortalecer a posição da mineradora no mercado.
Além disso, Gustavo Pimenta enfatizou a importância de promover uma cultura organizacional mais ágil e inovadora, alinhada com as demandas do setor. O novo líder da Vale está comprometido em implementar estratégias que impulsionem o crescimento sustentável da empresa, mantendo-a competitiva e adaptável às mudanças do cenário econômico global.
Decisão sobre o novo CEO da Vale
Uma reunião do conselho que resultou na escolha do novo CEO da Vale se estendeu por dez horas, conforme relatos de fontes próximas à empresa. Durante o encontro, foi destacado que o número de setores na mineradora aumentou significativamente desde o trágico acidente de Brumadinho, em 2019, segundo informações de uma fonte ligada à companhia. A percepção geral é de que a criação de instâncias adicionais se fez necessária em um momento crítico, porém, atualmente, requer uma revisão mais aprofundada.
Desafios e reflexões do presidente do conselho
Um interlocutor do conselho ressaltou a importância de que o corporativo sirva ao operacional, e não o contrário, enfatizando a necessidade de melhorar a consistência das entregas. A Vale enfrenta obstáculos para obter licenciamentos, muitos dos quais estão travados devido a desacordos com governos. Além disso, a empresa precisa lidar com questões relacionadas a autorizações para explorar regiões onde é necessário desmontar cavidades naturais.
Aspectos positivos e desafios futuros
O CEO mencionou a importância de manter o plano de negócios em andamento, destacando a diversificação mineral da empresa, com foco em cobre e lítio por meio da Vale Base Metals. Avanços significativos foram alcançados em termos de segurança e saúde dos trabalhadores, após o acidente de Brumadinho, e devem ser mantidos como prioridades.
Processo de seleção e sucessão
Durante o processo de seleção, dois outros executivos com experiência no setor de mineração e passagem pela Vale foram considerados: Marcelo Bastos, ex-CEO da BHP Billiton Mitsubishi Alliance (BMA), e Rubens Fernandes, CEO de Base Metals da Anglo American. A sucessão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, foi articulada pelos conselheiros, incluindo André Viana, João Fukunaga, Rachel Maia e Marcelo Gasparino, alinhados à condução do presidente do conselho, Daniel Stieler.
Relacionamento com governos e anúncio oficial
Antes de tornar público o nome do novo CEO, a Vale comunicou a decisão ao governo federal e aos governos dos Estados onde atua, em um gesto de boa relação institucional. O relacionamento com o governo, especialmente o federal e o do Estado do Pará, tem sido desafiador para a empresa, com críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à compensação às vítimas de desastres anteriores. A renovação antecipada das concessões ferroviárias também tem sido um ponto de atrito.
Fonte: @ Estadão
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