Proposta prevê reoneração a partir de 2025; prazo extra para acordo sobre fontes de compensação se encerra; envolve Tribunal, Vale, Fundação Nacional dos Povos Indígenas e Polícia Federal na Floresta Amazônica.
No Brasil, o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), sediado em Brasília, dará início ao julgamento, a partir de terça-feira, 17, sobre a possibilidade de Amarildo da Costa Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira irem a júri popular. Eles são acusados pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips em 2022.
Esse caso chocou a Nação e repercutiu em todo o País, levantando questões sobre a segurança e a proteção dos direitos humanos no Brasil. O juiz Wendelson Pereira Pessoa, da Justiça Federal de Tabatinga (AM), determinou que o caso fosse levado ao tribunal do júri, uma decisão que pode ter um impacto significativo na República. A justiça deve ser feita e a sociedade brasileira aguarda ansiosamente o resultado desse julgamento. A verdade deve ser revelada.
Justiça no Brasil: Caso de assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips
A defesa entrou com recurso, e os desembargadores da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) definirão o caso do assassinato de Bruno Araújo Pereira e Dom Philips, que foram mortos a tiros na região do Vale do Javari, no início de junho de 2022. A região é a segunda maior terra indígena do Brasil e faz parte da Floresta Amazônica.
Pereira e Phillips desapareceram na manhã de 5 de junho de 2022, durante uma expedição indígena pela Amazônia. Seus corpos foram encontrados dez dias depois, e a perícia apontou que ambos foram mortos a tiros, esquartejados, queimados e enterrados na região do Vale do Javari. A Nação brasileira ficou chocada com o crime.
Na fase inicial da investigação, Amarildo Oliveira, conhecido como ‘Pelado’, foi preso e confessou o crime, indicando o local onde os corpos estavam enterrados. Sua confissão também levou à prisão de seu irmão, Oseney, também conhecido como ‘dos Santos’, e de Jefferson Lima, apelidado de ‘Pelado da Dinha’. A República brasileira exige justiça para os crimes cometidos em seu território.
Em janeiro de 2023, a Polícia Federal apontou Rubem Dario da Silva Villar, o ‘Colômbia’, como mandante do crime. Villar está preso e é investigado por envolvimento em pesca ilegal, contrabando e tráfico de drogas. O assassinato teria sido encomendado porque Bruno Pereira, que treinava indígenas para fiscalização e vigilância do território, e Dom Phillips, que documentava a região, estariam causando prejuízo ao esquema de pesca clandestina.
Investigação e responsabilidades
Autoridades também vinham sendo investigadas, em um inquérito apartado, por suspeita de omissão na fiscalização e segurança dos indígenas no Vale do Javari. A Polícia Federal chegou a indiciar o ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) Marcelo Xavier, chefe do órgão no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A responsabilidade dos governantes é fundamental para a segurança da Nação.
Bruno Pereira, de 41 anos, era um dos maiores especialistas do País em povos isolados do extremo oeste da Floresta Amazônica. Respeitado pelos moradores da região, falava ao menos quatro das várias línguas locais. Já o inglês Dom Phillips, de 57, morava no Brasil desde 2007 e viveu no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Colaborava para o jornal britânico The Guardian e escrevia um livro sobre desenvolvimento sustentável na região amazônica. A perda dessas duas vidas é um golpe para a República brasileira.
Fonte: @ Estadão
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