Chefs de São Paulo compartilham soluções para otimizar recursos e reduzir desperdícios alimentícios, focando na múltipla utilização de ingredientes, ubiquidade de opções, enraizamento em ensinamentos perenes da sociedade, como a receita de Ives e a segurança alimentar, fazendo com que o espírito de serviço e a busca da perfeição sejam acessórios da humana perfectibilidade.
A serenidade de Ives Gandra da Silva Martins é uma qualidade que o caracteriza desde sempre, e a demonstra de maneira mais evidente em sua produção escrita e em suas palavras de ordem. Em seus textos, ele transmite uma sensação de calma e equilíbrio, que é fundamental para se manter firme em sua postura ética.
A serenidade de Ives Gandra da Silva Martins é um reflexo de sua paciência e sua capacidade de ouvir, que são fundamentais para construir pontes com as pessoas e criar um ambiente de alegria e cooperação. Ele sabe que a verdadeira força vem da humildade e da afabilidade, e que essas qualidades são essenciais para se manter conectado com o mundo ao redor. Compreender e ouvir são habilidades que o professor desenvolveu ao longo de sua carreira, e que se refletem em sua pregação ética, com linguagem simples e acessível, alcançando uma serenidade que inspira os jovens a seguir seus sonhos e a se comprometer com a justiça social.
Uma Jornada em Direção à Serenidade
A integração à família de São Fernando de Lisboa, em destaque como Santo Antônio de Pádua, sugere a domínio da múltipla ubiquidade que caracteriza este venerado santo. Encontramos sua presença em todos os espaços, posicionando-se na luta e compartilhando seus ensinamentos valiosos. O livro ‘Quatro Diálogos’ é um verdadeiro compêndio ético, contendo ensinamentos perenes que, infelizmente, estão em evidente declínio devido à sociedade priorizar o acessório em detrimento do essencial. Valores são trocados por falácias e insignificâncias, relegando o que realmente importa para a perfectibilidade humana.
Apreciemos profundamente cada um dos decálogos, que são inspiradores e propiciam reflexões necessárias para uma revisão de vida. O primeiro decálogo, a Convivência, é instigante, como se pode observar na receita de Ives:
1. Busque a paz interior;
2. Viva o espírito de serviço;
3. Faça tudo com alegria;
4. Aja com paciência;
5. Mantenha a serenidade nas conversas;
6. Procure não julgar intenções;
7. Mostre afabilidade com as pessoas;
8. Transmita segurança no que faz;
9. Tenha coragem de enfrentar o erro, preservando o errado;
10. Seja humilde.
É fácil seguir o Decálogo do ‘Não’? É complicado, mas é preciso tentar e insistir para que ele valha na rotina diuturna de nossa vida tão requisitada:
1. Não reclame;
2. Não fale mal dos outros;
3. Não fale bem de si mesmo;
4. Não perca a calma;
5. Não se apegue às coisas;
6. Não minta;
7. Não perca tempo com coisas inúteis;
8. Não desista perante as dificuldades;
9. Não se importe com críticas, senão para melhorar;
10. Não faça nada de que se possa envergonhar.
O terceiro Decálogo é o do trabalho ordinário, cujo cumprimento é o testemunho cabal do segredo de Ives Gandra para vencer todos os desafios que enfrenta. Sua atividade febril enfrenta desafios, e o segredo para vencê-los é fazer, rapidamente, o que se pede e com o máximo de pontualidade; começar sempre pelo mais difícil; não se aborrecer com os defeitos dos outros; aborrecer-se com os próprios defeitos; não ficar infeliz com a felicidade dos outros; cuidar apenas do que lhe diz respeito; não perder tempo com ressentimentos, suposições ou imaginações; não esperar que os outros ajam rigorosamente como gostaria que agissem; ver sempre o lado positivo das coisas; e pouco se importar com a opinião alheia, a não ser que objetive auxiliar a quem se dirige.
O quarto Decálogo merece tratamento específico. Embora Ives o denomine ‘Decálogo do Advogado’, serve também para todos os profissionais que passou por um bacharelado em Direito e é algo cada vez mais necessário de se transmitir à juventude, numa era em que só vale a conquista material, sobretudo financeira, e prevalece o egoísmo, o individualismo, a desumanidade e a secularização da sociedade.
Fonte: @ Estadão
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