Carnes processadas têm alto risco de câncer, junto com tabaco e álcool.
Atualizado às 14h44GENEBRA – Consumir duas fatias de bacon diariamente, ou somente 50 gramas de carne processada, eleva em 18% a probabilidade de desenvolver o câncer.
Os estudos revelaram que o consumo regular de linguiça também pode estar associado a um maior risco de câncer. Portanto, é importante estar atento à quantidade e frequência com que se consome esses alimentos processados.
Alerta da OMS sobre Consumo de Carnes Processadas e o Risco de Desenvolver Câncer
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta importante em relação ao consumo de carnes processadas, como bacon, presunto, salsicha e linguiça. Segundo a OMS, esses produtos foram colocados na mesma categoria cancerígena que álcool, asbesto, cigarro e até plutônio, todos classificados como de alto risco para o desenvolvimento do câncer.
A recomendação da OMS é clara: reduzir o consumo de carnes processadas pode diminuir as chances de desenvolver a doença. Embora as carnes vermelhas também representem uma ameaça, a evidência é limitada, colocando-as no grupo 2A, que indica produtos ‘provavelmente cancerígenos para humanos’.
O consumo diário de 100g de carne vermelha aumenta as chances de desenvolver câncer em 17%, destacando o impacto que esses alimentos podem ter na saúde humana. O problema reside nas carnes que passam por processos de modificação, como adição de sal, defumação ou outros métodos para prolongar sua validade ou alterar seu sabor.
Embora a OMS reconheça os benefícios das carnes para a saúde, a moderação é essencial. A exposição a altas temperaturas, como durante o preparo de um churrasco, pode liberar elementos prejudiciais à saúde. A recomendação da OMS baseia-se em um amplo estudo da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer, que analisou todas as evidências disponíveis.
Embora o consumo ocasional de carne processada não seja tão prejudicial quanto fumar, a frequência do consumo desses produtos pode aumentar o risco de acumulação de elementos químicos no corpo humano. A OMS destaca que o risco de desenvolver câncer continua baixo, mas a ingestão rotineira de carnes processadas pode ter um impacto significativo na saúde pública.
A recomendação da OMS gerou reações diversas, com alguns setores contestando a decisão. Enquanto a indústria de carnes argumenta que a recomendação é um equívoco e que a ênfase deve ser em outros fatores de risco, como obesidade e tabagismo, a OMS reforça a importância de equilibrar a dieta para prevenir doenças.
Em meio ao debate, a mensagem central é clara: a moderação no consumo de carnes processadas é essencial para reduzir o risco de desenvolver câncer e promover a saúde pública. A conscientização sobre os impactos desses alimentos na saúde pode ajudar as pessoas a fazer escolhas mais saudáveis e equilibradas em suas dietas.
Fonte: @ Estadão
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