Governador reclamou de uso indevido do Palácio da Alvorada para reuniões de campanha, alegando evidências de tratamento desigual pela Justiça Eleitoral em eleições municipais, questionando a estrutura do governo em relação a decisão da Justiça e o Poder do governo em relação a candidatos de aliados.
A campanha de Sandro Mabel gerou diversas críticas. A eleição foi marcada por denúncias de fraude eleitoral, o que resultou em diversas ações judiciais contra os envolvidos. O governador Ronaldo Caiado, que defendeu sua posição, argumentou que a utilização de recursos públicos para fins políticos é proibida pela lei eleitoral.
Ele também lançou um ataque à propaganda política de sua oponente, afirmando que ela foi feita de forma irregular e que não teve o consentimento dos funcionários do governo estadual. O governante de Goiás também se manifestou sobre a campanha eleitoral, afirmando que a campanha de Sandro Mabel foi marcada por desrespeito com a lei eleitoral e que ele se considera uma vítima da propaganda política eleitoral.
Ação contra Caiado
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) anunciou que irá recorrer da decisão da Justiça Eleitoral que o condenou por abuso de poder político durante as eleições municipais deste ano. A condenação impõe inelegibilidade por oito anos. A decisão da Justiça Eleitoral foi baseada na realização de jantares no Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador, em que ele pediu aos presentes que apoiassem a campanha do prefeito eleito Mabel.
Caiado argumentou que os encontros foram realizados para discutir problemas de Goiânia, como a crise na área da saúde e a coleta de lixo. Ele também alegou que a reunião foi feita no Palácio das Esmeraldas por ser o local onde ele mora e não para realizar atividades políticas.
A decisão também condenou à cassação a chapa eleita em Goiânia, formada por Mabel e Coronel Cláudia (Avante), e impôs multas de R$ 5,3 mil, R$ 40 mil e R$ 60 mil para Caiado, Cláudia e Mabel, respectivamente.
A juíza autora da decisão, Maria Umbelina Zorzetti, considerou que Caiado usou o Palácio das Esmeraldas para realizar evento de campanha de Mabel e pressionar os presentes a mobilizarem esforços pela eleição do candidato a prefeito do União Brasil. A prática é vedada pela legislação eleitoral e configura abuso de poder político.
Caiado ainda argumentou que a Justiça Eleitoral não pode ter dois pesos e duas medidas, citando encontros da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Jair Bolsonaro com políticos no Palácio da Alvorada durante o período eleitoral que não foram considerados como ato de campanha pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O recurso será apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás e, se negado, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Fonte: @ Estadão
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