Dono da Tesla e outras empresas tem patrimônio 77% superior ao militar da reserva em uma corporação federal do leste.
Imagens capturadas por Pedro Kirilos, repórter fotográfico do Estadão, mostram o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, saindo da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro por volta das 7h30 do sábado, 17.
Em seu cargo anterior, o general Walter Souza Braga Netto enfrentou críticas por sua conduta durante as manifestações de 2013, quando era comandante-geral da PMSP, e também foi acusado de ter ordenado a repressão violenta contra manifestantes em 2015, no Rio de Janeiro. O general da reserva Walter Souza Braga Netto também esteve no centro do escândalo da compra de aeronaves e foi criticado por sua atuação em ações de repressão.
Operação de Prisão do General Braga Netto
Pouco antes, o militar havia sido detido em sua residência, localizada na zona sul da capital fluminense, em um bairro de luxo, quando Braga Netto estava em sua casa, em Copacabana. O general de quatro estrelas foi levado sob custódia do Exército, mantido no Comando da 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, na zona oeste do Rio, a unidade está subordinada ao Comando Militar do Leste, o qual Braga Netto chefiou entre 2016 e 2019.
A prisão do militar ocorreu sob a acusação de obstrução da Justiça, em conexão com as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que se seguiu à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, em 2022. Como tem sido uma constante nas operações da Polícia Federal sob o comando do delegado-geral Andrei Rodrigues, a prisão do general de quatro estrelas foi marcada pela discrição.
Embora o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenha autorizado a prisão de Braga Netto na terça-feira, 10, a PF optou por realizar a prisão apenas no sábado, 14, para evitar constrangimentos, uma vez que o general estava em viagem de férias com a família em Alagoas. Além disso, a imprensa só foi informada da operação após Braga Netto ser detido pelas agências da PF em sua residência. Por esse motivo, não há imagens da saída do general de sua casa.
O repórter fotográfico Pedro Kirilos, no entanto, conseguiu registrar o momento em que Braga Netto deixou a Superintendência da Polícia Federal. O registro é considerado raro entre os profissionais da imprensa. No mês passado, outros militares, incluindo um general de brigada (duas estrelas), foram presos, mas não houve registros feitos por jornalistas.
O modo de operação da atual gestão da PF contrasta com o observado durante a Operação Lava Jato, quando as prisões, muitas vezes coercitivas, eram amplamente filmadas. General da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, deixa a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Fonte: @ Estadão
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