Estudo liderado por pesquisadores da Mass General Brigham reforça associação entre os dados, alerta para efeitos colaterais e avaliação individual.
Consumir aspirina com frequência pode reduzir as chances de desenvolver câncer colorretal, principalmente em indivíduos que não adotam hábitos saudáveis.
Além disso, o ácido acetilsalicílico, conhecido como AAS, também pode ser eficaz na prevenção de outras doenças, como problemas cardiovasculares.
Estudo liderado por pesquisadores da Mass General Brigham revela benefícios do uso de aspirina
Em um estudo recente, liderado por pesquisadores da Mass General Brigham, uma empresa renomada de pesquisa hospitalar afiliada a Harvard, foi constatado que o uso contínuo de aspirina pode reduzir significativamente a incidência de câncer colorretal. A pesquisa, publicada na revista científica JAMA Oncology, acompanhou mais de 100 mil homens e mulheres ao longo de 30 anos, revelando resultados promissores.
O estudo apontou que a incidência da doença caiu em 38,2% com o uso regular de aspirina. O medicamento foi definido como dois ou mais comprimidos de dose padrão (325 mg) por semana ou aspirina de baixa dose diária (81 mg). Essa descoberta é especialmente relevante, considerando que o câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
De acordo com o cirurgião e coloproctologista Pedro Averbach, do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, a pesquisa representa um avanço significativo na área. Averbach ressalta a importância de promover hábitos saudáveis para prevenir doenças, enquanto destaca a necessidade de mitigar os efeitos de comportamentos de risco.
A aspirina, também conhecida como ácido acetilsalicílico (AAS), é um anti-inflamatório não esteroide amplamente utilizado. Além de suas propriedades anti-inflamatórias, a aspirina pode prevenir a formação de coágulos sanguíneos, aliviar dores e febres. O novo estudo sugere que a aspirina pode reduzir a incidência de câncer colorretal, principalmente por sua capacidade de reduzir a inflamação no intestino.
O cientista Daniel Sikavi, envolvido na pesquisa, destaca que a aspirina pode bloquear vias de sinalização celular que promovem o crescimento e disseminação de células cancerosas. Além disso, o medicamento pode influenciar a resposta imunológica contra o câncer. Esses mecanismos sugerem que a aspirina pode desempenhar um papel importante na prevenção do câncer colorretal.
Em um mundo onde os desafios de saúde são uma realidade, a pesquisa liderada pela Mass General Brigham traz esperança ao demonstrar os benefícios do uso de aspirina na redução do risco de câncer colorretal. Com um enfoque em hábitos saudáveis e na promoção de medidas preventivas, é possível avançar na luta contra essa doença devastadora.
Fonte: @ Estadão
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