Candidato do PSOL promete aumentar tom no debate sobre apagão, culpa governo Lula e falta de planejamento, enquanto disputa política se intensifica em meio à herança maldita da poda de árvores e fiscalização da Aneel.
A tempestade que atingiu São Paulo e o subsequente apagão que deixou milhões de pessoas sem luz se tornaram um dos principais temas de discussão no segundo turno da campanha pela Prefeitura. O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, encontrou um novo alvo para criticar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), seu adversário, após o blecaute que afetou 2,1 milhões de consumidores.
O apagão que há três dias levou a cidade à escuridão e ainda não foi completamente solucionado em vários pontos, será um dos principais temas de debate na segunda-feira, 14, entre Nunes e Boulos, promovido pela Band TV. A falta de luz e a interrupção de energia afetaram a rotina de muitas pessoas, e agora é hora de discutir as soluções para evitar que isso aconteça novamente. A população exige respostas sobre o que está sendo feito para resolver o problema e garantir a segurança energética da cidade.
Apagão: O Debate Político em São Paulo
O prefeito Ricardo Nunes e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, estão prontos para trocar acusações sobre o apagão que atingiu a cidade de São Paulo. Boulos afirma que o problema é causado pela falta de planejamento do atual prefeito, enquanto Nunes culpa a Enel, uma concessão federal, pela ineficiência. A expressão ‘apagão de planejamento’ foi usada anteriormente por Antônio Palocci, então ministro da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A disputa política entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro está se intensificando, com Boulos sendo apoiado por Lula e Nunes tendo o vice indicado por Bolsonaro. Boulos afirma que São Paulo não tem prefeito e que a cidade está abandonada, com mais pessoas sem luz do que na Flórida, que foi atingida por um furacão. Ele também critica a falta de poda de árvores, que pode causar blecaute e falta de luz.
Nunes, por sua vez, repete que o governo Lula quer renovar o contrato com a Enel e que a empresa italiana é a responsável pelo apagão. Ele também acusa a Enel de ser ‘inimiga do povo de São Paulo’ e defende a rescisão do contrato. A Prefeitura alega que as árvores caídas eram saudáveis e que o vendaval foi o responsável pelo apagão.
A Crise de Energia em São Paulo
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, interrompeu as férias para se reunir com representantes da Enel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em São Paulo. Ele apontou o dedo para a Aneel, que, segundo ele, falhou na fiscalização. Em novembro do ano passado, a cidade também foi atingida por um apagão.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, aproveitou para lembrar que a diretoria da Aneel foi nomeada por Bolsonaro, ‘chefe de Tarcísio e de Ricardo Nunes’. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já havia cobrado que Silveira e a Aneel tomassem ‘providências imediatas’ para romper o contrato da Enel por deixar os consumidores ‘na mão’.
Silveira respondeu que não faltou cobrança à Aneel para punir a distribuidora, mas chamou a agência de ‘bolsonarista’. A disputa política está se intensificando, com acusações e contra-acusações sendo trocadas entre os políticos. A crise de energia em São Paulo continua a ser um problema grave, com a população sofrendo com a falta de luz e a interrupção de energia.
Fonte: @ Estadão
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