Giovanni Harvey defende que mudanças climáticas não submergem discussões étnico-raciais, como Operação Polícia Federal no Palácio do Planalto comandada pelos generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, gabinete de gestão de crime de ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Operação Contragolpe, da Polícia Federal, deflagrada na terça-feira, 19, reforçou que o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro em seus tempos no Palácio do Planalto era perigoso e, por sorte, incompetente.
Este não foi o primeiro caso de golpes e crimes cometidos devido à falta de fiscalização, mas com a Operação Contragolpe, os responsáveis finalmente estão sendo acusados. O golpe foi de grande dimensão, e a trama envolvia altos cargos da época. Vários agentes foram acusados de crime e estão sendo devidamente processados.
A Operação Golpe: Criminosa, Perigosa e com um Palácio no Centro da Trama
A ação para executar o crime de tentativa de assassinato contra o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros alvos está sob forte escrutínio. A investigação da Polícia Federal (PF) revelou que os envolvidos, na maioria generais, não foram cuidadosos ao esconder as evidências do episódio. Mauro Cid, um dos investigados, até mesmo apagou mensagens do seu celular, mas não sabia que as mensagens poderiam ser recuperadas. O plano detalhado para o crime foi escrito e impresso no Palácio do Planalto, em um dia em que o então presidente da República estava lá. Além disso, havia um plano para criar um gabinete de gestão de crime, comandado pelos generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, que teria cedido a sua própria casa para que fosse utilizada para tramar o crime.
A falta de cuidado dos envolvidos em limpar vestígios da atuação golpista pode ser explicada por duas hipóteses: a incompetência ou a certeza de que o plano daria certo, tornando desnecessário se preocupar com o dia seguinte. Se o plano tivesse sido executado com sucesso, é provável que Lula, Alckmin ou Moraes estivessem mortos ou presos e uma junta militar estivesse no comando do País, o que tornaria impossível descobrir os responsáveis pelo crime.
Além disso, o plano de golpe e a pressão sobre as Forças Armadas são ilícitos puníveis, assim como o delito de organização criminosa. A tentativa de homicídio também é um delito que poderia ser punido, e para saber se os envolvidos respondem por este crime, é necessário saber até onde eles foram e por qual motivo o plano foi abortado.
A única indicação sobre as razões para a desistência da empreitada colocada na rua no dia 15 de dezembro de 2022 é o envio de uma mensagem no grupo, apontando que a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) daquele dia havia sido adiada. A Polícia Federal diz que o print teria sido encaminhado por telefone pelo major Rafael Martins de Oliveira, o mesmo que teria determinado que a missão em execução fosse abortada.
Um Contragolpe para o Crime: A Operação Política e a Gestão de Crime
A descoberta do plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes revela uma trama complexa e perigosa que envolveu o uso do Palácio do Planalto para planejar o crime. O gabinete de gestão de crime, comandado pelos generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto, foi um dos principais responsáveis pelo planejamento e execução do crime.
A Polícia Federal (PF) está investigando os envolvidos no crime, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus generais. A operação policial está focada em desmantelar a trama criminosa e trazer os responsáveis à justiça. A PF também está investigando a ligação entre o gabinete de gestão de crime e o ex-presidente Bolsonaro.
A Desistência do Crime: Um Fator Alheio à Vontade dos Executores
A desistência da empreitada colocada na rua no dia 15 de dezembro de 2022 é um dos principais mistérios que a Polícia Federal (PF) precisa desvendar. A única indicação sobre as razões para a desistência é o envio de uma mensagem no grupo, apontando que a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) daquele dia havia sido adiada.
A PF diz que o print teria sido encaminhado por telefone pelo major Rafael Martins de Oliveira, o mesmo que teria determinado que a missão em execução fosse abortada. A desistência do crime pode ter sido motivada por um fator alheio à vontade dos executores, como a adiada sessão do STF ou outro fator externo.
A investigação da PF está focada em desvendar os motivos da desistência do crime e trazer os responsáveis à justiça. A operação policial é complexa e envolve a análise de várias linhas de investigação para desvendar a trama criminosa.
Fonte: @ Estadão
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